Enviada em: 15/10/2018

A primeira instituição de ensino superior brasileira foi a Escola de Cirurgia da Bahia, criada em 1808, abrangia apenas parte nobre da população, ficando assim, restrita socialmente. Hodiernamente, o ensino é cada vez mais difundido, contando com métodos tecnológicos que permitem ao aluno a educação à distância. Destarte, observa-se a flexibilidade da conjuntura supracitada, mas também a exclusão de grande contingente populacional.     Primeiramente, na atual era pós-moderna a flexibilidade cotidiana tem sido fator dominante. Isso porque, rotinas atarefadas não são incomuns, levando inúmeras pessoas a procurarem modelos versáteis de ensino. Assim, as faculdades á distância crescem consideravelmente, pois permite ao aluno que não se identifica com o ambiente estudantil uma nova opção, além de majoritariamente ter mensalidades mais baratas. Como consequência, é indubitável o favorecimento que tal âmbito propicia aos cidadãos, proporcionando ampliações do conhecimento.      Em uma segunda análise, a questão descrita esbarra em fatores contraproducentes, inexequível pela tangencia tecnológica vigente. Isso ocorre, pois segundo a União Internacional de Telecomunicações(ITU) 70,5 milhões de brasileiros não têm acesso à internet, sendo essa, detrimento primordial para a circunstância. Nesse sentido, aqueles que não possuem tais recursos acabam não tendo oportunidade de escolha por tal prática. Consequentemente, tal contexto acaba inviabilizando o processo democrático educacional.      É evidente, portanto, que ainda há entraves perante ao cenário referido. Cabe ao Estado uma maior destinação de recursos provido de impostos para a ampliação de cursos á distância em universidades públicas, a fim de que cada vez mais pessoas tenham acesso ao meio e ainda mais profissionais sejam formados. Ademais, cabe aos órgãos governamentais competentes a criação de projetos que possibilitam internet grátis aos cidadãos necessitados, democratizando cada vez mais o conhecimento. Afinal, como citou Immanuel Kant: “o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.”