Enviada em: 23/10/2018

Segundo Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul,''A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo'', essa frase expressa a importância da educação para alcançar transformações sociais. Entretanto, o ensino a distância no Brasil ainda encontra obstáculos para se concretizar como uma modalidade de mudança social. Desse modo, é válido analisar a evasão acadêmica e a falta de estrutura como fatores que influenciam nesse cenário.    Em primeiro lugar, vale ressaltar que a evasão dos cursos online é um entrave para o desenvolvimento profissional da sociedade. Isso ocorre, visto que a falta de adaptabilidade do método do curso pelo aluno, como a dificuldade em expor suas ideias em uma comunicação escrita à distância, e a carência de tempo para se dedicar as tarefas e compromissos didáticos podem causar o abandono acadêmico. Para ilustrar, segundo a Associação Brasileira de Educação à Distância, a taxa de evasão nos cursos online é de 56%. Consequentemente, os altos índices de desistência dos cursos prejudicam a democratização do ensino no país. Dessa forma, de acordo com Kant, filósofo prussiano, ''O ser humano é aquilo que a educação faz dele'', nota-se que a saída das pessoas nos cursos online não permite o progresso social do indivíduo possibilitado pelo estudo.    Ainda nessa questão, é fundamental pontuar que a Constituição de 1988 estabelece que é dever do estado garantir uma educação de qualidade à todos. Contudo, a falta de recursos tecnológicos e estruturais representa um empecilho na expansão do ensino à distância. Tal circunstância advém da necessidade constante de utilizar a internet para usufruir das plataformas de ensino. Com isso, a ausência de abrangência nacional da internet impossibilita o acesso dos indivíduos com conexões instáveis ou que não possuem rede de computadores interligados a essa modalidade educacional. Para corroborar, segundo dados do IBGE, em 2014 apenas 54,9% dos domicílios brasileiros têm conexão à web. Assim, percebe-se que a frase de Aristóteles,"A base da sociedade é a justiça'', não condiz com a realidade do Brasil, haja vista que o direito social à uma educação de inúmeros cidadãos é limitado    Nesse aspecto, cabe ao Ministério da Planejamento em parceria com empresas privadas, disponibilizar a possibilidade de acesso a internet em todo o Brasil, mediante um planejamento político-estrutural, mapeando quais áreas não tem rede de computadores interligados, além das faculdades que possuem o programa educacional investirem na criação de aplicativos para computadores e celulares que não precisem de conexão a internet, com propósito de viabilizar o ensino à distância (EAD) para todos os cidadãos. Por fim, o Ministério da Educação, deve elaborar palestrar públicas em Universidade, mostrando a proposta pedagógica e as características do EAD, a fim de evitar a evasão.