Enviada em: 30/10/2018

Menos privilégios e mais avanços  Ante a perspectiva "O ser humano é tudo aquilo que a educação faz dele" do filósofo Immanuel Kant nota-se a relevância de uma boa formação educacional na vida do indivíduo. No mundo hodierno, os avanços técnico-científicos se aproximam cada vez mais do futuro, resultando em tecnologias como a educação a distância. Entretanto, cabe avaliar se na desigual realidade brasileira proporciona-se essas condições.  Certamente os avanços tecnológicos na educação representam um avanço social. Toda via, é preciso estar a par da realidade educacional no Brasil, na qual em regiões abastadas os meios tecnológicos estão por toda parte e grande número de instituições de nível básico ou médio - assim como superior - disponibilizam rede wi-fi e ainda trabalham com entrega de atividades via e-mail por exemplo. Enquanto isso, em regiões mais distantes existem estudantes sem infraestrutura suficiente para se quer chegar até a escola, bem como as situações precárias das estruturas evidenciam a vasta segregação socioespacial.  Assim, o ensino a distância (EaD) apresenta impasses muito distintos da realidade de certas regiões, mesmo distante a escola ainda representa a melhor alternativa. A absorção do conhecimento junto da organização são fatores prejudicados no EaD podendo criar gafes na formação, o que se ameniza no modelo tradicional já que segue uma rotina diária. Ademais, deve-se pensar na educação como um todo, desde a formação básica até o nível superior e dividir igualmente os investimentos.  Em suma, medidas são necessárias para resolver a questão. O Ministério da Educação (MEC) junto com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) – responsáveis pelos programas e ações básicas da educação no Brasil – devem investir verbas na infraestrutura de instituições mais precárias. À medida que essa etapa for concluída, ações para o EaD podem ser tomadas sem privilegiar nenhuma classe e por fim, garantir a Constituição a respeito da igualdade educacional para todos.