Enviada em: 31/10/2018

De acordo com o sociólogo Thomas Marshall, a cidadania é uma conquista de direitos. Nesse sentido, os indivíduos possuem, como previsto na Constituição Federal, a garantia de obterem uma educação de qualidade, de modo a objetivar qualificação e desenvolvimento pessoal. Sendo assim, com o advento dos meios tecnológicos, hodiernamente, surge no meio social o processo educacional a distância, capaz de proporcionar muitas vantagens aos estudantes, todavia, tal mecanismo ainda não foi difundido socialmente de maneira efetiva, seja devido à lentidão de programas de incentivos para o uso dessa novidade, seja por falta de investimento estatal.      Primeiramente, cabe evidenciar que, segundo o Ministério da Educação, em 2017, tal meio estudantil cresceu 17% em relação ao ano anterior. Dessa forma, consoante o sociólogo Zygmmunt Bauman, a dinamicidade do dia a dia dos cidadãos contribui para o que ele denominou de "modernidade líquida", isto é, as relações pessoais passaram a ter fluidez e liquidez. Seguindo esse pensamento, a educação a distância ganha destaque, pois, uma vez que os indivíduos estão cada vez mais agitados, fugindo dos congestionamentos e estresses cotidianos, poder estudar em casa, em horário flexível, é vantajoso e econômico. Dessarte, o incentivo dos veículos de informações e das empresas do terceiro setor da economia é imprescindível para que essa taxa cresça ainda mais.     Ademais, vale ressaltar que esse método pedagógico promove a ampliação do processo educacional. Tendo em vista que, de acordo com o geógrafo Milton Santos, vivencia-se a era da Revolução Técnica-científica-informacional, na qual há um avanço dos meios de comunicações, a educação a distância torna-se um meio capaz de possibilitar que muitos moradores, por exemplo, de áreas ausentes de escolas e universidades possam ter contato, por meio do ambiente virtual, com o sistema educativo. Consequentemente, havendo um investimento estatal nessas localidades, as pessoas poderão optar em estudar e ter acesso ao conhecimento que outrora não possuíam.       Portanto, a fim de ampliar esse método educacional, o Poder Legislativo deve, por meio do plano plurianual, repassar verbas ao Ministério da Educação, para que, assim, possa construir polos educacionais em determinados locais e investir nos conteúdos educativos virtuais, de modo a objetivar uma maior acessibilidade aos materiais, pois, desse modo, a qualificação e o desenvolvimento pessoal, como diz a Carta Magna, será expandido a áreas que antes não produziam conhecimento. Além disso, é preciso que as prefeituras forneçam lugares públicos às organizações não governamentais, com o intuito de, mediante palestras, difundir na sociedade os benefícios econômicos e sociais que estudar virtualmente proporciona, com o intuito de garantir o progresso dos direitos educacionais individuais.