Enviada em: 13/03/2019

“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.” Essa assertiva do pedagogo pernambucano Paulo Freire nos permite ponderar sobre como a educação a distância (EaD) representa uma adversidade a ser enfrentada de maneira mais firme pela malha social. Como resultado, é de responsabilidade analisarmos as principais consequências desse impasse no âmbito social e ético. Em primeiro plano, convém ressaltarmos que, de acordo com o portal G1, o índice de pessoas que aderiram ao ensino EaD cresceu cerca de 56,4% nos últimos 3 anos no país. Nesse tocante, destacamos a praticidade ao acesso e flexibilidade de tempo como sendo os principais fatore para o aumento dessa taxa, uma vez que tais pretextos influenciam na sociedade. Assim, é inaceitável que uma plaga globalizada permaneça com atitudes incoerentes ao que proporciona o ensino, como por exemplo, a procrastinação. De outra parte, o ensino a distância, está diretamente ligado com aquilo que já dizia o filósofo Hans Jonas, no seu livro “A ética da responsabilidade”, em relação às consequências vindouras. A esse respeito, o autor relata que nossa ação hoje não deve comprometer pensamentos futuros, o que, neste caso, podemos associar tal fato com a indiligência da população em acreditar que o EaD, muitas vezes, não funciona da maneira certa semelhante ao ensino presencial. Portanto, ainda há obstáculos que fazem desacreditar do ensino. Diante do exposto, entendemos que a importância da educação a distância requer ações mais concretas para serem atenuadas em nosso país. Sob esse viés, o Ministério Público deve realizar medidas para que a população se aproprie das questões inerentes a esse tipo de problemática, através de campanhas midiáticas que visem atingir em especial os adolescentes e adultos, e então, abordar como funciona o sistema educacional. Desse modo, esperamos aumentar o estímulo da educação na sociedade e beneficiar, boa parte, da população com o ensino de qualidade e de fácil acesso.