Enviada em: 15/10/2019

Na obra “Utopia”, do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, o que se observa na realidade contemporânea é o oposto do que o autor prega, uma vez que o a educação financeira apresenta barreiras, as quais dificultam a concretização dos planos de More. Esse cenário antagônico é fruto tanto da influência dos pais, quanto da pobreza, pois o que a pessoa recebe ela precisa gastar pra se alimentar. Diante disso, torna-se fundamental a discussão desses aspectos, a fim do pleno funcionamento da sociedade.      Precipuamente, é fulcral pontuar que a pobreza deriva da baixa atuação dos setores governamentais, no que concerne à criação de mecanismos que coíbam tais recorrências. Segundo o pensador Thomas Hobbes, o estado é responsável por garantir o bem-estar da população, entretanto, isso não ocorre no Brasil. Devido à falta de atuação das autoridades,a pobreza acaba fazendo com que as pessoas gastem o que não têm e acaba até sujando o nome. Desse modo, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal de forma urgente.           Ademais, é imperativo ressaltar que a educação dos pais como promotor do problema. De acordo com o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, 82% das pessoas no mundo são pobres. Partindo desse pressuposto, as pessoas não têm como ficar guardando dinheiro pois precisam deles para sobreviver. Tudo isso retarda a resolução do empecilho, já que a educação dos pais que não ensinam a economizar contribui para a perpetuação desse quadro deletério.     Assim, medidas exequíveis são necessárias para conter o avanço da problemática na sociedade brasileira.  Dessarte, com o intuito de mitigar a educação financeira, necessita-se, urgentemente, que o Tribunal de Contas da União direcione capital que, por intermédio do Ministério da Educação e do Governo, será revertido em ajuda para essas pessoas, através de palestras que ensinem a economizar dinheiro, ensinando aos pais e aos jovens, e também o Governo aumentando o salário mínimo para que as pessoas consigam ter um vida melhor. Desse modo, atenuar-se-á, em médio e longo prazo, o impacto nocivo da educação financeira, e a coletividade alcançará a Utopia de More.