Enviada em: 03/09/2018

O poeta Carlos Drummond de Andrade exalta, em seu poema, Mãos Dadas, a união e a cumplicidade entre os homens. Sob a perspectiva atual, tais valores mostram-se imprescindíveis no tocante à educação infantil, principalmente no que diz respeito à relação entre pais e filhos, visto que o convívio familiar e os efeitos desse vínculo são de extrema importância na formação social e educacional dos pequeninos.                                Em consequência disso, a família exerce forte influência na construção e caracterização psicológica da criança. De acordo com Rousseau, o homem nasce bom, e a sociedade o corrompe. Sob esse viés, o ser humano é influenciado por aquilo que o cerca, visto que não possui, até o momento, a concepção sobre o que é "certo" ou "errado". Logo, é necessário que a criança mantenha contato com influências e práticas positivas, sobretudo no que tangencia à educação, como a leitura, a curiosidade do saber e a escrita, visando que, dessa maneira, o jovem tome para si atitudes e, consequentemente, hábitos favoráveis, tanto para ele, quanto para a sociedade em geral.                                   Além disso, é fundamental que os pais mantenham-se informados sobre a vida escolar dos filhos. De acordo com notícia divulgada, em 2014, pelo site da Revista Época, alunos que possuem progenitores ativos em seu cotidiano escolar, apresentam melhores rendimentos em sala de aula. Desse modo, é essencial que a relação pais-escola seja amigável e proveitosa, com o fim de atuarem, mutuamente, no processo de amadurecimento intelectual da criança. Porém, há empecilhos que dificultam tal processo, como a incompatibilidade de horários em caso de reuniões e a má comunicação entre as partes.                                          Sendo assim, é preciso que o Ministério da Educação (MEC), juntamente com o auxílio das Secretarias Municipais de Educação, atuem na divulgação dos benefícios acerca da participação dos pais na vida educacional dos filhos, influenciando-os a serem mais presentes e atuantes nessa fase crucial. Tais dados devem serem compartilhados por meio de aplicativos  de celulares desenvolvidos pela federação e divulgados pelo MEC, visando atingir, de modo amplo, todos os responsáveis dos alunos, o que dilataria a comunicação entre pais e mestres, além de evitar conflitos referentes à divergência de horários ou disponibilidade.