Enviada em: 15/02/2019

Com a ampliação das jornadas de trabalho, após a consolidação do capitalismo—século XVIII—; houve um distanciamento na relação e no contato cotidiano entre pais e filhos. No Brasil hodierno, ainda é possível notar essa ausência da atuação familiar, principalmente quando trata-se do acompanhamento na vida escolar dos filhos e o quanto isso afeta o desempenho nos estudos. Nessa conjectura, torna-se necessário incentivar o diálogo no contexto familiar e, também, estabelecer uma parceria entre pais e escola.       Embora o sistema escolar seja indubitavelmente importante no processo de aprendizagem formal dos indivíduos, nota-se que, ainda é preciso uma maior colaboração do âmbito familiar. Isso porque, para um melhor desenvolvimento cognitivo, os fatores afetivos são relevantes, já que nos momentos dos deveres de casa há oportunidade de conversar com os filhos e auxiliá-los, sem liberá-los do empenho de aprender por conta própria. Prova disso são os dados de uma pesquisa feita pelo movimento "Todos Pela Educação", os quais mostram que aproximadamente 25% dos pais têm relação próxima com os filhos e ajudam nas tarefas escolares e, quase 100% desses alunos apresentam boa produtividade na escola. Logo, influenciar as crianças nos estudos significa distanciá-las do mau desempenho escolar.       Outrossim, deve-se perceber a necessidade de uma maior interação família-escola. Isso porque, muitas vezes por motivos profissionais relacionados às exigências do mercado de trabalho e à consequente falta de tempo para acompanhar o cotidiano dos filhos, muitos pais transferem para a escola a responsabilidade da educação. Esse fato vai contra o pensamento de Içami Tiba, que afirmava: "A educação não pode ser delegada somente à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.". Assim, manter a ligação entre família e escola  faz a criança se desenvolver em todos os aspectos e ter sucesso na aprendizagem.       Infere-se, portanto, que a ausência da família brasileira no acompanhamento escolar implica em prejuízos no desenvolvimento social e intelectual dos alunos e que medidas cabíveis sejam apresentadas para o problema. Para tanto, compete à família e à escola, respectivamente, colocar a educação escolar no dia a dia, conversando sobre os aprendizados repassados e sobre a importância dos estudos para o futuro; e convidar os pais para as reuniões e palestras, proporcionando momentos de lazer, objetivando a eficácia do processo ensino-aprendizagem. Dessa forma, por meio da atenção individualizada e da parceria haverá a melhora no desenvolvimento educacional.