Enviada em: 13/07/2019

Os prévios resquícios de cidadania emergiram na Grécia Antiga, sob  o conceito de igualdade entre os homens, o direito à discussão política e deliberação para resolver conflitos. Nesse contexto, no feudalismo o poder incontestável dos senhores inviabilizou a existência de cidadãos os quais tornaram-se servos. Tal fato representou um regresso gigantesco para a humanidade, pois a participação política assegura direitos essenciais e o desenvolvimento da sociedade.     Sob esse viés, é através do voto que o cidadão exerce seu papel fundamental efetivando a cidadania. Nesse âmbito, no Brasil a Constituição de 1988 que garante o direito à educação, salário digno, habitação e lazer, apresenta-se como uma conquista derivada da participação popular na política. Desse modo, compreende-se que o cidadão o qual exerce seu direito luta por interesses individuais e coletivos os quais os representam.          Nesse cenário, apartar-se das questões políticas ratifica a ignorância, e ainda, deprecia a história cidadã. Segundo Sócrates, ignorante é aquele cujo o debate político lhe é lícito e não o faz, comportando-se como "idiota". Dessa maneira, a conquista do direito à participação política sem excludentes obteve uma trajetória árdua, a qual intensificou-se na ditadura militar onde a mesma impediu o voto direto e censurou quaisquer oposição ou expressão. Logo, reivindicar-se da jurisdição a qual possui anula o transcorrido e agoniza a própria utilidade.      Portanto, diante dos fatos apresentados,torna-se perceptível a inexistência da cidadania perante a ausência da participação política. Ademais o cidadão possui direitos e o dever de cumpri-los. Assim,é necessário votar, debater e contestar frente à oposição. Tais manifestações, são imprescindíveis em uma sociedade pautada na democracia.