Enviada em: 13/07/2019

Desde a Revolução Francesa - processo desenvolvido para corrigir as desigualdades sociais –, é perceptível que uma sociedade só evolui quando há a união da população em prol de uma causa. No entanto, quando se observam os baixos índices da participação política para a efetivação da cidadania no Brasil, verifica-se que esse ideal revolucionário é constatado na teoria, mas não desejavelmente na prática. Devido a isso, a problemática persiste inerentemente relacionada à realidade da nação. Nesse contexto, convém analisar as principais causas de tal postura negligente para com a sociedade.                  A priori, é inegável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo da educação Paulo Freire, se a educação, por um lado, não altera o mundo, por outro, sua ausência torna inviável qualquer mudança. De maneira análoga, tal fato reflete-se nos ínfimos investimentos governamentais em medidas na base educacional que incentivam o ensino em escolas, sobre a importância da valorização da cidadania e os benefícios que a participação política pode causar ao país; e, devido à falta tanto de administração quanto de fiscalização pública, por parte de algumas gestões, isso não é firmado.                 Por conseguinte, apenas em 1988, o voto tornou-se secreto e universal. Tal situação está associada às altas taxas de desdenho social acerca da participação política causada pelo pouco incentivo do Estado no território nacional, sendo um impulsionador desse impasse. Nesse sentido, o sociólogo Durkheim afirma que o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Nessa lógica, nota-se que é imprescindível que ocorra uma mudança da mentalidade social com a finalidade de que haja uma transformação gradativa das atitudes populacionais sobre essa ação prejudicial.                 É mister, portanto, que indivíduos e instituições cooperem para atenuar a problemática. O Governo Federal deve, por meio de leis, aumentar as verbas públicas destinadas à educação, a fim de proporcionar uma maior deliberação dos estudantes. Além disso, para que ocorra uma mobilização da sociedade a respeito do problema, compete ao Estado, em conjunto com o Ministério da Cidadania, promover campanhas de abrangência nacional, por meio de redes televisivas e sociais, uma vez que tal ação contribuirá a transpor a reincidência da negligência social na participação política, o que viabilizará um aumento do exercício da cidadania. Ademais, deve-se realizar palestras em praças, escolas e universidades sobre como abstenção do voto pode causar danos à população. Dessa forma, os brasileiros se tornarão mais conscientes e ,assim, a realização dos ideais revolucionários será mais presente na sociedade.