Enviada em: 30/07/2019

A Constituição Federal de 1988 prevê, de forma inalienável, o direito à participação política. Entretanto, parte da sociedade negligencia tal direito fundamental à ordem  social. Nesse sentido, convém analisar as principais causas, consequências e possível medida relacionada a esse impasse para que cidadania seja efetivada no país.   Deve-se pontuar, de início, que a herança histórico política  tem um impacto negativo. Sobre essa questão, o Brasil possui uma grande mancha de corrupção datada do período colonial com ratificação nos períodos seguintes, até mesmo na contemporaneidade, mancha essa que traumatizou a sociedade visto que, mesmo após tantos anos de luta , após vários nomes no poder, o problema se mantém. No entanto, é paradoxal que uma nação possua o título de democrática e seja mundialmente conhecida pelos vários casos de corrupção.   Por conseguinte, segundo Platão, o castigo dos bons que não fazem política é ser governados pelos maus. A esse respeito, as palavras do filósofo grego se aplicam nos dias de hoje, haja vista que o desinteresse, principalmente dos jovens, pelo sistema político brasileiro é nítido e comprovado por dado do site G1 no qual consta que 6 em cada 10 jovens não sabem sequer a função de senadores e governadores. Sendo assim, enquanto houver tal desleixo, os cidadãos estarão fadados às más lideranças em consonância com as palavras de Platão.   Percebe-se, então que o direito constituinte arduamente conquistado é , infelizmente, descartado por parcela da sociedade. Cabe ao Estado, por meio do Ministério da Educação realizar campanhas socioeducativas abertas a todos em escolas e praças públicas. Essa ação deve ocorrer em todo o território nacional de modo que haja o efetivo entendimento do sistema político, com explicação das funções e finalidades dos cargos políticos a fim de incitar a participação de todas as classes sociais. Dessa forma, pois, o país alçará, de fato, ao patamar de Estado Democrático de Direito.