Enviada em: 22/08/2019

Pensar criticamente                                                                                      Em 1992, o Brasil foi palco de um movimento estudantil conhecido como “Os caras-pintadas”, o qual teve como principal objetivo o impeachment do presidente do país na época, Fernando Collor de Mello. Desde então, discute-se acerca da participação dos jovens na política nacional, seja assumindo um cargo oficial ou por meio de manifestações e atividades orientadas a exercer influência na esfera pública.                                                   A priori, a democracia é o governo em que o povo exerce soberania, pelo menos na teoria. Nesse contexto, os jovens são minoria nas cadeiras do país. Além da falta de voz dentro do cenário político, os que conquistam uma vaga nem sempre pleiteiam mudanças no jogo. Apesar da idade, eles reafirmam discursos conservadores ao invés de ouvir as demandas juvenis. Logo, a juventude apenas segue a corrente de pensamentos já existente e deixam para trás um legado que poderia transformar o Brasil, visto que os jovens são o futuro nacional.                                                                            Sob outro viés, tal questão ganhou contornos especiais com as manifestações de junho de 2013, quando milhares de pessoas foram às ruas numa explosão social que há muito não se via. Nesse ínterim, observa-se a ampliação da presença do jovem na esfera pública e os desafios desse processo, isto é, modificar a estrutura das instituições para que elas se tornem mais abertas para ouvir e atender as reivindicações juvenis. Assim, o interesse pela política e a cultura de participação hodierna faz com que o jovem se torne mais crítico, lute pela permanência de seus direitos e do próximo, visando o bem-estar coletivo.                                        Destarte, constata-se a importância da colaboração da mocidade para a continuidade do processo democrático em nosso país. Ademais, a forma mais fácil de transformar a situação do país é lutando por isso através do pensamento crítico. Logo, é de suma seriedade ocupar uma cadeira nacional e participar de movimentos e manifestações estudantis, visto que essa é a característica primordial da democracia – o poder do povo.