Na maioria das tribos indígenas sul-americanas, o Pajé é o líder, respeitado por sua sabedoria e experiência, além de não ser comum alcançar idade tão elevada. Porém, o aumento da expectativa de vida, especialmente no Brasil, é uma estatística que não pode passar despercebida. As pesquisas nesse campo da saúde, realizadas principalmente pelas universidades públicas brasileiras, mostram a importância da prática de atividades físicas na qualidade de vida dos idosos. Em primeiro lugar, é possível notar o importante papel das tecnologias e dos meios circulatórios de informações a respeito da saúde, que vem se tornando preocupação global. O cancerologista Drauzio Varella é um dos maiores exemplos da conscientização sobre a importância de exercícios físicos para a qualidade de vida, afirmando que são a melhor forma de manter corpo e mente ativos. Com isso, aplicativos que contabilizam as metas diárias de atividades físicas são facilitadores de um modo de vida mais saudável, mantendo a disciplina na prática dos exercícios, que não só previnem adultos e idosos de doenças cardiovasculares, mas também contra demência e Mal de Alzheimer. Assim, o fácil acesso às informações sobre como manter a saúde continua a aumentar a expectativa de vida, além de manter idosos com vitalidade no trabalho, nas relações e no cotidiano. Em segundo lugar, atividades físicas, por atuarem na saúde mental e corporal dos idosos, os garantem independência nas tarefas diárias e cognitivas. A bióloga molecular Elizabeth Blackburn, com extensos trabalhos sobre as pontas dos cromossomos -- os telômeros, responsáveis por manter as células vivas --, concluiu que o modo de vida influencia significativamente na vitalidade das células e, consequentemente, do indivíduo. Ou seja, assim como o estresse e o sedentarismo contribuem para a aceleração da degradação celular, os exercícios físicos previnem o envelhecimento precoce. Somada a essa descoberta, um estudo do Icesp mostra que atividades físicas geram um ganho de 29% na qualidade de vida de pacientes idosos em tratamento oncológico. Assim, nota-se que o exercício é aliado da saúde e deve ser praticado desde a tenra idade, visando amenizar as chances do desenvolvimento de doenças previsíveis. Portanto, é vital que o Estado facilite a prática das atividades físicas, por meio da construção de academias públicas ao ar livre, como em parques e em orlas, e de ciclovias, para incentivar um modo de vida mais saudável, a fim de melhorar a qualidade de vida dos idosos e de toda a população. Dessa forma, será possível diminuir o envelhecimento precoce e reduzir doenças ligadas ao sedentarismo.