Enviada em: 23/05/2019

O fato de que as pirâmides etárias estão se invertendo já é um fenômeno global que atinge a todas as nações do globo, com projeções para que, até 2050, 25% da população seja composta por idosos, de acordo com a ONU. Essa tendência generalizada de envelhecimento da população aponta para questões de ordem social, além de demandar políticas públicas que atendam a essa crescente massa de idosos, que podem ser viabilizada pelo fomento a maior prática de atividades físicas, garantindo assim uma maior qualidade de vida e bem-estar a essa parcela da população.     Biologicamente, a prática esportiva é responsável pela liberação de diversos hormônios e substâncias no metabolismo de um indivíduo, entre eles as endorfinas, que geram a sensação de prazer, além de funcionarem como analgésicos naturais. Somado a isso, a constância de um estilo de vida saudável, pautado pelos exercícios físicos, podem não só causar sensações aprazíveis naquele que a pratica, mas evitar inúmeras doenças, como osteoporose, diabetes, AVCs, e doenças degenerativas, muito frequentes entre os idosos no Brasil, mas que podem ter suas vitimas mitigadas com o recrudescimento da ínfima taxa de apenas 14% de praticantes de exercícios dessa faixa etária, de acordo com o IBGE. Dessa forma, explicita-se que os exercícios físicos estão intimamente relacionados com qualidade de vida da população idosa, que por meio deles, tem uma expressiva progressão nas taxas de sobrevida, contribuindo também para a descaracterização do catacrético esteriótipo do idoso como um ser frágil e imbuído de limitações.       Cabe ressaltar, ainda, que embora fortemente correlacionado a saúde, a prática desportiva não se restringe somente a isso, mas confere aos idosos uma maior autonomia frente aos desafios da longevidade. Por conseguinte, os exercícios físicos tornam-se um dos grandes aliados dos mais velhos, que hoje, como constatado pelo Ministério da Saúde, possuem uma taxa de 30% de seus indivíduos com dificuldade para a realização de atividades diárias e práticas do cotidiano, juntamente do risco iminente de queda que um ser humano nessa idade apresenta, ambas problemáticas passíveis de serem sanadas numa sociedade em que os idosos são mais ativos e se exercitam com constância.       Em suma, pode-se concluir, que, a questão em pauta deve ser tratada a partir de uma coadunação entre o Ministério da Saúde e o Estado, a fim de que se estimule a prática consistente de exercícios físicos pelos idosos a partir da promoção de eventos esportivos, com uma dinâmica primordialmente voltada a esse público, e da conscientização de sua importância  para uma sobrevida próspera, para que assim possa-se aumentar o número de longevos ativos e viabilizar uma maior higidez e qualidade de vida .