Enviada em: 31/05/2019

De acordo com uma das ideias do filósofo Ralph Emerson, a maior riqueza de uma pessoa é a sua saúde, entretanto, pouco se valoriza essa condição no Brasil, em especial, os idosos. Deve-se isso  ao Estado que desvaloriza a prática de exercícios físicos, desde a infância, diante da população. Por conta disso, muitas doenças atingem os indivíduos de terceira idade atualmente, o que afeta sua saúde e qualidade de vida. Desse modo, cabe analisar causas, consequência e possíveis soluções para esse empecilho no país.       Em primeiro plano, vale evidenciar a relevância do governo nas áreas de esporte e lazer. Sabe-se que o conhecimento adquirido na infância orienta o indivíduo por toda sua vida, assim, a falta de exercícios na terceira idade é resultado de uma infância sedentária e pouco estimulada em relação à saúde. Evidencia-se essa insignificância nos poucos investimentos em academias comunitárias e programas de incentivo ao esporte nas cidades brasileiras. No município de Afonso Cláudio (Espírito Santo), por exemplo, muitas modalidades esportivas foram interrompidas por falta de materiais e profissionais especializados não remunerados, o que, nos últimos anos, proporcionou uma grande quantidade de crianças inativas.      Por conseguinte, o que se esperar de uma juventude sedentária? Idosos que não praticam exercícios físicos. Apesar de proporcionar inúmeros benefícios em relação à saúde, como melhoria no desempenho cognitivo, fortalecimento muscular e  melhora no equilíbrio, sua prática ainda é relevada por muitos. O fato justifica os preocupantes índices expressados na Pesquisa Nacional da Saúde, de 2017, no qual 63,5% dos brasileiros, entre 60 e 69 anos, estão acima do peso, além de mais da metade da população, na mesma faixa-etária, apresentar hipertensão. Ademais, sua execução também é importante para cooperar na execução dos hábitos simples do dia a dia, em que muitos idosos dependem de ajuda para tomar banho ou preparar sua refeição.    Dessarte, medidas devem ser tomadas o quanto antes para a solução do problema. Para isso, o Ministério da Saúde, em consorte com academia privadas de todo país, devem promover aulas gratuitas em espaços públicos, como praças e quadras esportivas, para que grande parte da população de maior idade possa praticar exercícios regularmente, com o intuito de prevenir doenças e gerar independência para suas atividades diárias. Além disso, o MEC deve investir em programas e projetos esportivos, por meio de orçamentos públicos, para que, desde a infância, os brasileiros usufruam dos  muitos benefícios de sua prática. Desse modo, a futura geração ver-se-ia livre dos empecilhos que distanciam o atual cenário Brasileiro da ideologia de Ralph Emerson.