A questão do desperdício no Brasil O desperdício no Brasil, pode ser explicado do ponto de vista consumista e logístico. Quando uma comida não é aproveitada e vai para o lixo, também se vê comutantemente jogado fora a energia gasta, a água usada e o trabalho árduo de lavradores em sua maioria advinda da agricultura familiar. De acordo com pesquisas da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), diariamente são desperdiçados 40 mil toneladas de alimentos. Ou seja, em situação utópica, tal quantidade acumulada seria o suficiente para alimentar 19 milhões de pessoas. O consumo brasileiro se vê pautado no excessivo, onde se gasta mais do que se ingere, além de questões estéticas, por não comprar legumes com manchas escuras e impondo uma aparência de ''estragado''. Outrossim, o transporte da lavoura ao supermercado é carente de situações favoráveis para um bom armazenamento alimentício. Muitas carretas não estão preparadas para transportar uma grande quantidade e juntamente com a distância nas estradas de uma cidade à outra, muitos alimentos são descartados pelas rodovias ou já chegam ao destino em estado de podridão. Tal problemática enfatiza a disparidade social existente no Brasil, onde a fartura e a miséria andam no mesmo lado, em uma sociedade que dialoga com a cultura da ''fartura'', é chocante crer na existência da fome, nos sem teto que esmolam na procura de um almoço e na pobreza extrema do sertão. Conforme leis Newtonianas, a tendência dos corpos é permanecer do jeito que estão desde que uma força atue sobre eles. A comunidade em questão deveria realizar um planejamento alimentar, optando pelo equilíbrio e o necessário. A conscientização por meio de recursos midiáticos se vê imprescindível para que a população enxergue que reduzir o desperdício também diminuirá o custo de produção e como consequência os produtos ficarão mais baratos.