Enviada em: 28/10/2018

No Mesolítico, período intermediário entre o Paleolítico e o Neolítico, o homem conseguiu dar grandes passos rumo ao avanço e à sobrevivência. Esse cenário é marcado pelo domínio do fogo e o desenvolvimento da agricultura. Todavia, em pleno século XXI, o ser humano não conseguiu instituir políticas públicas eficazes para conter o desperdício de alimentos, fonte esgotável e de extrema importância na manutenção da vida. Tal fato é devido a deficiências gerenciais e ao consumo insustentável da sociedade.    Deve se pontuar, de início, que a maior taxa da perda se dá entre a colheta e o transporte, seja por falta de técnicas obsoletas usadas pelos agricultores, seja pelo modelo rodoviário de transporte, que atrasa as entregas e põe a qualidade dos produtos em xeque, segundo o Museu do Amanhã, 2016. Nesse âmbito, nota-se que o Estado é o órgão solene em prover melhorias contra essa problemática. No entanto, a ausência dessa entidade torna o problema social mais longe de ser assolado.     Vale ressaltar, também, ainda sobre o boletim supracitado, que o modelo de consumo vigente é insustentável, uma vez que a compra de alimentos é que indica o quanto se deve produzir e, a partir do momento em que se obtém mais do que se utiliza, há um excesso e, dessa maneira, o desperdício só intensifica. Seguindo essa linha de raciocínio, tanto os recursos locais são atingindos negativamente quanto o meio ambiente global, haja vista que há um aumento de pressão sobre os recursos naturais, como terras férteis e grandes volumes de água para a irrigação da agricultura.     Visto isso, faz-se necessária a reversão de tal contexto. Primeiramente, urge que o Governo Federal aliado ao Ministério de Transporte, invista em outros modais que otimizem o tempo de entrega, como os navios de cargas, a fim de que os alimentos sejam poupados de desgaste e apodrecimentos pela demora nas suas distribuições. E, ainda aos órgãos acima, devem fomentar projetos voltados a técnicas mais eficazes aos pequenos produtores, por meio de cursos profissionalizantes, para que os tornem mais capacitados na luta contra esse quadro. Não obstante, é imprescindível que a mídia se utilize dos veículos de comunicação, por intermédio de campanhas educativas em rádios e TVs, com o fito de sensibilizar e conscientizar os cidadãos sobre planejamento alimentar, compra e consumo e, desse modo, reduzir os desperdícios e as ameaças ao meio ambiente.