Enviada em: 23/10/2017

Alimentação responsável        Um terço dos alimentos produzidos no mundo são desperdiçados anualmente. No Brasil, onde a agricultura é o motor da economia e sendo o quarto maior produtor alimentício mundial, ocorre a perca de 27 milhões de toneladas por ano. Tal fato apresenta-se de maneira contraditória à realidade do país, em que milhões passam fome. E, além desse problema social, há danos ao meio ambiente, visto que o lixo gerado agrava a poluição do planeta.       À medida que se analisa o território nacional, nota-se o desequilíbrio entre as ofertas de alimentos à população em suas diversas áreas. Por exemplo, em São Paulo cerca de 51% do lixo é úmido, o que significa que era comida a qual excedeu e não foi reaproveitada. Enquanto, em outras localidades mais precárias o quadro de subnutrição é recorrente. Como mostrado no livro "Vidas Secas" de Graciliano Ramos, no qual os personagens principais sofrem com a seca e a falta de recursos para sua alimentação.       Nesse contexto, diversos projetos, como a ONG Banco de Alimentos, têm agido a fim de promover a doação de excedentes e conscientizar sobre uma alimentação sustentável. A qual envolve uma questão cultural brasileira, e visa traçar mudanças nas formas de consumir os produtos. Todavia, a maior parte do desperdício encontra-se na cadeia produtiva, que apresenta várias falhas e perdas, desde métodos qualificados para a colheita até o transporte ao consumidor final.       Somado à isso, ocorre uma preocupação ambiental, posto que resíduos alimentares são responsáveis pela terceira maior emissão de gases poluentes na atmosfera. Intensificando, dessa forma, problemas ecológicos como o aquecimento global. E, ademais, ocorre utilização de enorme quantidade de água, terras e dinheiro para geração de alimentos, que também são perdidos junto desses resíduos não aproveitados.        Dessa maneira, fica evidente, que há de ocorrer ações voltadas ao combate do desperdício. É importante que a Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária- desenvolva avanços tecnológicos e técnicas mais eficazes para melhorar a infraestrutura e manuseio da produção agrícola. Bem como, é necessário o Governo estimular cada vez mais ONG's que trazem soluções inovadoras. E por fim, conscientizar a população à fazer um consumo consciente, com ações como o aproveitamento integral de alimentos.