Enviada em: 01/06/2018

É indubitável que o desperdício de alimentos é frequente ponto de preocupações, tentativa de disseminação e aspectos inferiorizantes no Brasil. Desde a época da Revolução Verde, na qual permitiu um vasto aumento da produção agrícola, quando a quantidade de alimentos produzidos cresceu exponencialmente, mas junto a isso, o desperdício alimentar aumentou quase na mesma proporção, o impasse a partir de então persiste, visto que, hodiernamente, o meio social brasileiro adquire muitos produtos alimentícios e em grandes quantidades o que causa uma alta possibilidade de estrago e, por conseguinte, esbanjamento. Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas agrícolas e a falta de conscientização e de políticas públicas nutricionais dificultam a resolução da questão.   Considerando-se a vasta miscigenação de raças, as quais consomem diferentes refeições, diariamente, dissipação de alimentos difundida historicamente e a falta de orientação nutricional nas instituições de ensino promovida por autoridades educacionais, é de grande percepção e naturalidade que a nação, atualmente, abrigue extensa despreocupação no que se refere ao desbarato de alimentos, posto que muitos indivíduos devido à fartura e por nunca terem lidado com a fome não se afligem ao desperdiçar comida, por causa da grande facilidade de obtenção em altas abundâncias e das condições econômicas que os permitem a fartura.     Além disso, a ausência de empatia no que concerne ao fato de que há pessoas em situações de pobreza e, consequentemente, desnutrição é pouco notória pela classe alta e média, as quais possuem alimento garantido. Logo, é evidente que, embora haja pouca consideração dos padrões sociais mais desenvolvidos no que tange as dificuldades enfrentadas pelas camadas mais pobres, a propagação de medidas que arrecadem alimentos perecíveis e até já produzidos que estejam destinados ao lixo, só pelo fato de não haver mais interesse pelo consumidor em ingeri-lo, é essencial para que haja consciência por parte do segmento social e término de deslapidação de comidas.   Convém, desse modo, ao Ministério da Educação promover, anualmente, com uma parte dos impostos públicos fornecidos pelo Governo, palestras orientadas por professores de sociologia sobre o  desperdício alimentício e a fome, além de estágios para estudantes de nutrição nas escolas para que esses orientem os estudantes por meio de atividades como arrecadação de alimentos para abrigos e documentários sobre a quantidade de alimentos que são jogados fora pela população, somente, assim, poderá haver mais conscientização. Ademais, o Senado Federal deve criar uma lei com aplicações de multas em casos de altas proporções de mantimentos desperdiçados para que, assim, os consumidores adquiram só o que for necessário para que o legado da Revolução Agrícola não prossiga.