Enviada em: 19/10/2017

Maratona de obstáculos       Na Alemanha nazista da Segunda Guerra Mundial, era constante a marginalização de pessoas com alguma deficiência corporal, sendo considerados um peso para a sociedade. Contudo, hoje, apesar do Brasil ser um país que luta contra essa visão ultrapassada e preconceituosa ainda é disseminada. Dessa forma, além de buscar por uma melhor inclusão social essa parcela de cidadãos na sociedade acaba enfrentando problemas diariamente decorrentes da má infraestrutura urbana.         Entretanto a realidade do deficiente brasileiro é bem distante do imaginado, já que seguindo a lógica do pensamento de Edmund Burke, o mal prevalecerá caso os bons nada façam contribuindo para a continuidade da exclusão social desse grupo. Assim, é notório perceber que no país existe violação nos direitos do cidadão, visto que é possível encontrar ausência de rampas para cadeirantes em ruas, transportes públicos que apresentam problemas no elevador de cadeiras de rodas e, não menos importantes, preconceito e ocupação de vagas destinadas a essa comunidade.         O Brasil é uma nação historicamente violenta, o que é perceptível ao analisarmos a persistência das agressões contra deficientes mesmo depois das recentes medidas legais que concede igualdade social à todas as pessoas. Prova disso, houve um crescimento de aproximadamente 40% de casos de violência física e moral a cadeirantes somente na cidade de Campinas interior de São Paulo, segundo Secretaria da Pessoa com Deficiência, número altíssimo para um país tão populoso. Em vista disso, é perceptível que os cidadãos deficientes além de passarem por uma "maratona de obstáculos", também enfrentam uma sociedade que denigre a sua integridade como ser humano.        A exclusão social de deficientes físicos e a má infraestrutura urbana, portanto, são caminhos que precisam ser combatidos. Para tanto, Associações de pais, jovens e União devem planejar uma manifestação social em locais públicos a fim de demonstrar participação social contra exclusão social. Ademais, cabe ao Governo Federal investir em projetos que promovam melhores condições de locomoção - transportes públicos e rampas -. Por fim, é fundamental que a mídia apresente propagandas que atinja amplo público-alvo para maior abordagem sobre a responsabilidade de respeitar as ocupações de vagas para deficientes e para mudar os ideários antigos que contribuem para o preconceito.