Enviada em: 23/10/2017

Entende-se por acessibilidade a possibilidade de acesso a um lugar ou conjunto de lugares por quaisquer pessoas. No Brasil, os grandes impasses da acessibilidade são voltados para os cidadãos que possuem deficiência física, estes quais, passam como ''invisíveis'' pela sociedade. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados: o pensamento ultrapassado e o sistema educacional falho.      Cabe ressaltar, a princípio, que o contexto histórico contribuiu para a atual situação da pauta elencada. A priori, durante a colonização houve uma imposição cultural, no qual as pessoas sem limitações se julgavam melhores e consideravam os deficientes como inferiores, tal pensamento errôneo que ficou enraizado pelas gerações e permanece hodiernamente. Uma prova disso foi a precisão da criação da ''Lei Brasileira de Inclusão'', que garante certo percentual de vagas em empresas, especialmente reservadas para pessoas deficientes, com a finalidade de inseri-los no mercado de trabalho, visto que, os índices de aceitação desses profissionais são baixos, consequência do preconceito.      Além disso, vale ressaltar que a péssima estrutura escolar é um fator precursor da ineficácia da acessibilidade. Antigamente, as escolas faziam a separação dos alunos, entre os ilimitados e os deficientes, atualmente essa segregação não é mais existente, mas mesmo assim o ambiente escolar deixa a desejar, de tal forma que, os profissionais não são capacitados para atender as necessidades dos alunos que precisam de um cuidado e auxílio específico. Por conseguinte, nem todas as pessoas se formam com o mesmo grau de conhecimento e acabam sendo prejudicados no futuro, como em um ingresso para a universidade através do vestibular.      Torna-se evidente, portanto, que, no brasil, existem muitos problemas a serem resolvidos para a acessibilidade ser totalmente alcançada e trazer as consequências da sua importância para todos. Em razão disso, o Ministério da Educação deve incluir o ensino obrigatório sobre matérias que tratem de respeito ao próximo, independente de características físicas, a fim de impedir o desenvolvimento e a potencialização do preconceito. Ademais, deve também, em parceria com empresas privadas, disponibilizar um curso preparatório para os profissionais da educação, sobre os cuidado e a didática correta que devem seguir em aula, a fim de realmente preparar os lecionadores para o melhor aproveitamento possível dos alunos com deficiência. Dessa forma, os impasses supracitados deixarão de fazer parte da realidade brasileira.