Enviada em: 24/10/2017

O filme "Intocáveis", baseado em uma história verídica, relata com detalhes as dificuldades que o personagem Philippe confronta por ser tetraplégico. Fora dos cinemas, situações semelhantes apresentam-se quando, diariamente, milhares de brasileiros  portadores de deficiências físicas e intelectuais passam por situações árduas e custosas devido à ausência de visibilidade e ao preconceito.             Com efeito, ao longo dos últimos anos, cresceu o número de deficientes no país, ainda que a visibilidade voltada para essa parcela da população ,dentro da mídia e dos meios de comunicação, permaneceu estagnado e escasso. Por causa dessa falta de destaque e importância, raros se tornam os casos em que há a possibilidade dessas pessoas de entrar no mercado de trabalho ou ter acesso à educação. Ademais, a falta de representatividade na mídia, como em propagandas e novelas, agrava essas situações.        É importante destacar também que outro fator que reforça os problemas de acessibilidade no Brasil é o preconceito. A subestimação, pela falta de informação, e os altos investimentos necessários em infraestrutura para os deficientes acabam por fomentar o preconceito para com essa parcela da sociedade. Segundo Agnes Heller, uma das filósofas mais importantes da segunda metade do século XX, o preconceito é um fator de coesão social, e quando essa coesão é ameaçada, por exemplo, em uma crise econômica, o preconceito pode se intensificar.       Portanto, é indispensável a adoção de algumas medidas para a solução desse problema. Diante disso, o Governo Federal deve, ofertar favores fiscais para empresas com uma participação de deficientes superior a 5% dos funcionários totais. À mídia, cabe a divulgação e promoção de propagandas e programas voltados para esse assunto, além do aumento da representatividade. Por fim, compete ao Ministério da Educação, disponibilizar auxílios e condições necessárias para a entrada, bem como a permanência de estudantes deficientes nas escolas e universidades do país.