Enviada em: 26/10/2017

O ser humano caracteriza-se por representar um ser altamente social, ou seja, que necessita se comunicar e consolidar vínculos interpessoais. Porém, a convivência e os relacionamentos sociais são deficitários para uma considerável parcela populacional, uma vez que os problemas relacionados à acessibilidade no Brasil interferem na qualidade de vida dos indivíduos que possuem limitações físicas e/ou mentais. Nesse cenário, os obstáculos relacionados à autonomia do acesso aos direitos que garantem a equidade no país devem ser minimizados a fim de proporcionar e de garantir a inclusão dos portadores de deficiência na sociedade.    Em primeiro plano, a carência de investimentos nos meios de comunicação especializados representa uma barreira no desenvolvimento da integração. De acordo com a IBGE, 24% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência. Com base nisso, a ausência de uma ampla e diversificada oferta no meio comunicativo compromete a obtenção de postos de trabalho, informações e entretenimentos, visto que as diferentes debilitações pessoais necessitam de alterações acessíveis nos variáveis campos da sociedade, como por exemplo, modificações interligadas à modernização de equipamentos especializados em leitura e escrita em Libras somadas a um sistema em código Braille, capazes de facilitar o bem-estar nas atividades de direito individual.    Além disso, a problemática interligada à falta de infraestrutura nos espaços públicos e privados prejudica o deslocamento e restringe o direito de ir e vir dos que possuem limitações. Nesse sentido, em dezembro de 2004, A Lei de Acessibilidade (decreto 5296/04) estabeleceu normas gerais e critérios que incentivaram as cidade a se tornarem mais acessíveis. Porém, as visíveis mudanças se limitaram apenas à pontuais espaços nas grandes metrópoles brasileiras e, ainda, são insuficientes para o desenvolvimento da efetiva mobilidade social.    Em suma, embora já existem regras a favor da acessibilidade no país, são evidentes as adversidades presentes nos serviços básicos da população que resistem à manutenção da equidade. Dessa maneira, é necessário que o governo proporcione a formação de profissionais intérpretes da escrita em Braille, da linguagem de sinais e de outras especialidades por meio de cursos qualificados e, somado a isso, é importante que esse fiscalize as reformas essenciais na estrutura das cidades do país, objetivando, respectivamente, o combate às barreiras da comunicação e a garantia da locomobilidade. Ademais, com o intuito de disseminar informações e conhecimentos com relação ao tema, é indubitável que as instituições de ensino promovam palestras e aulas temáticas educativas em que sejam abordadas os problemas e as dificuldades enfrentadas pelos portadores de deficiência.