Enviada em: 05/04/2017

Em decorrência da degradação ambiental, os termos "sustentabilidade" e "proteção" nunca estiveram tão em voga quanto nos últimos anos, sendo constantemente associados à Floresta Amazônica. Como mostrado no documentário "Paraíso Ameaçado", por conta da exploração vegetal ilegal, os recursos da flora da Amazônia têm passado por um processo de esgotamento. Tal fato acarreta prejuízos em grande escala, como no combate ao aquecimento global, na preservação de espécies da fauna e no campo medicinal, evidenciando a necessidade de proteção ao serviço ecológico do maior bioma brasileiro.       Segundo pesquisa divulgada pelo The New York Times, a capacidade de sequestro de dióxido de carbono pela Floresta Amazônica tem diminuído com o tempo. Com isso, a falta de fiscalização quanto às queimadas e a irresponsabilidade da população extrativista podem resultar em um aumento progressivo da temperatura nos próximos anos. Além disso, predominância de árvores adultas, que exercem pouco poder contra o aquecimento global e retornam menos oxigênio ao ambiente, é preocupante, o que requer um trabalho de reflorestamento.      Por outro lado, durante o período de ocupação da Amazônia pelos indígenas, o potencial químico das plantas foi explorado para a concepção de medicamentos naturais que contribuíram para o tratamento de várias doenças, como a AIDS e o câncer. Entretanto, dados da WWF Brasil mostram que menos de 0,5% das espécies da flora foram estudadas para fins medicinais. Dessa forma, à medida que a diversidade de vegetação diminui, o avanço medicinal para a cura de doenças até então incuráveis tende a retardar. Ademais, a diminuição da variabilidade da flora tende a prejudicar o crescimento de espécies da fauna, que dependem da vegetação para alimentação e composição do habitat.      Em suma, a eficácia da Floresta Amazônica para a manutenção da vida humana é notória. Contudo, pelos efeitos da intervenção humana no meio natural, são necessárias algumas medidas para a preservação. Em primeiro lugar, é fundamental que o Ministério Público estabeleça uma maior fiscalização e pontos de denúncia dentro dos municípios, como forma de punir os agentes do extrativismo ilegal. É necessário, também, que a mídia divulgue, através de vinhetas educativas em TV aberta, a importância dos efeitos da vegetação para a vida humana. Por fim, é essencial que as escolas promovam maiores campanhas de reflorestamento e sustentabilidade, como forma de ensinar, desde criança, a responsabilidade de preservar todo e qualquer bioma.