Enviada em: 09/08/2017

Exploração exorbitante de madeira, caça, incêndios, devastação de áreas prolixas. Resultantes do agronegócio selvagem, essas práticas e tantas outras têm assombrado a floresta amazônica nos últimos anos. Em face disso, entender a influência das transformações político-sociais no processo de predação florestal e a importância de uma floresta para o equilíbrio da vida é fundamental para proteger a maior floresta tropical do planeta.  A própria dinamicidade do mundo contemporâneo contribui para o desmatamento ambiental. A partir do século XVIII, as transformações políticas e econômicas pelas quais passou o mundo transformaram cidades até então predominantemente agrícolas e rurais em centros industriais e urbanos. Essa transição resultou numa oposição entre natureza e o produto da indústria humana. Isso significa que a exploração dos recursos naturais passou a alimentar a criação de tecnologias e uma sociedade agora regida pela lógica do consumo, da posse e da posição social. Tal modificação na forma de viver por que passou o mundo também afetou o Brasil e, consequentemente, pôs em cheque a floresta amazônica perante as tecnologias ambientalmente predatórias.  Entretanto, os motivos que atestam o mérito de proteger uma floresta como a amazônica são muitos e variados. Considerada o maior patrimônio do Brasil, a floresta representa a maior concentração de biodiversidade animal e vegetal do planeta. A extensão florestal também conta com a maior bacia de rios do mundo, é vital para o fornecimento de serviços ecossistêmicos para a vida no planeta e, sobretudo, é abrigo e sustento para grandes populações indígenas. Tais fatos evidenciam a relevância de atribuir à floresta uma ocupação responsável, sustentável e meticulosa.  Há de se construir, portanto, caminhos que permitam a preservação de um bem tão preciso como a floresta amazônica. Para isso, o governo tem a obrigação de criar um portfólio de leis que proíba e criminaliza quaisquer práticas extrativistas da floresta. A mídia, por seu turno, deve explicitar em suas programações os benefícios e a importância de preservar a floresta. E, por fim, o cidadão deve reivindicar nas ruas e nas redes sociais proteção e cuidado com a floresta. Assim agindo, será possível passar a borracha nesse filme de terror.