Enviada em: 23/07/2018

“De um povo heroico o brado retumbante”       “Mas o Brasil vai ficar rico ,vamos faturar um milhão,quando vendermos todas as almas dos índios no leilão.”,o trecho da música da ilustre banda-Legião urbana,expõe sarcasticamente a exploração e marginalização dos indígenas,que há séculos perpétua na sociedade brasileira. Sob essa perspectiva,há dois fatores que não podem ser negligenciados,como a importância desse povo para a identidade nacional e os conflitos agrários,que desrespeitam diversos direitos assegurados constitucionalmente.       É importante pontuar, de início,que o Brasil é um país multicultural e pluriétnico,e um dos pilares de tal diversidade foram herdadas pela cultura indígena,como a culinária,folclore,língua e miscigenação.Apesar de tal legado,esse povo foi drasticamente reduzido,de acordo com o IBGE em 1500 tinha cerca de 5 milhões de índios, e atualmente há 818 mil. Mesmo ainda morrendo vários assassinados,uma grande parcela da população desconhece os problemas do índio na atualidade,pois esses só são lembrados no “dia do índio “,através das fantasias e pinturas que as escolas fazem nas crianças,mas não focam na parte primordial:conhecer e valorizar os primeiros donos da terra.       É válido analisar, ainda,que há um órgão que protege e promove os direitos das populações indígenas, a FUNAI-Fundação Nacional do índio,além do Estatuto e os direitos reconhecidos na Constituição. Entretanto, os ruralista vivem em conflitos,para explorarem a terra.Um exemplo é uma tribo do Maranhão,que está na luta há décadas para reconhecerem a demarcação territorial,dada pela Coroa portuguesa em XVIII.Diante dessa problemática,é necessária mais representatividade de índios no Legislativo,para agilizar a aprovação de direitos barrados pelos 126 deputados ruralistas.       Torna-se evidente,portanto,que é imprescindível a adoção de medidas capazes de valorizar e assegurar os direitos dos índios. Assim,cabe ao Ministério da Educação introduzir a base curricular, a visibilidade desses,por meio de atividades lúdicas,entrevistas com indígenas e palestras com membros da FUNAI,para expor os problemas atuais e a importância desse povo para a história.Em adição,o Ministério Público deve agilizar a demarcação de terras e punir com multa os fazendeiros que desrespeitarem. Se mudanças não forem realizadas os índios serão lembrados apenas como os heróis dos romances indianistas de outro século.