No Brasil, durante a primeira geração romântica, a figura do índio foi idealizada sob o argumento de ser essencial para a formação do país. Nesse sentido, hodiernamente, essa valorização não é mais observada como antes, visto que, atualmente, os índios encontram desafios, abordados logo em seguida, que prejudicam a preservação da sua cultura. Isso se dá, principalmente, em razão das políticas públicas pouco eficazes. Em primeira análise, é possível afirmar que tal conjuntura citada anteriormente se iniciou com o período colonial, quando esses povos foram aculturados. Com isso, além de perderem o território, também tiveram sua língua e alguns costumes tomados pelo homem europeu. Desse modo, essa herança histórica ainda se perpetua nos dias de hoje, à medida que o avanço da agropecuária ocupa as terras destinadas aos índios, em virtude da falta de fiscalização nesses locais, e impossibilita suas manifestações culturais. Além disso, essa falha por parte do Estado amplia a possibilidade da apropriação das reservas indígenas como caminho para a importação de drogas vindas de países vizinhos, segundo a publicação da revista "ÉPOCA", em 2017. Nesse aspecto, os direitos à liberdade, à propriedade e à segurança - assegurados pela Constituição de 1988 - são desrespeitados por serem apresentados apenas teoricamente, o que comprova a escassez da presença estatal na resolução das questões supracitadas. Sob esse viés, assim como cita o físico Isaac Newton, um corpo não altera seu estado caso uma força maior não atue sobre ele. De modo análogo, a situação problemática citada anteriormente só será solucionada com uma planejada interferência do Estado, por meio das propostas abordadas a seguir. Dessarte, para que isso ocorra, cabe à FUNAI (Fundação Nacional do Índio), aliada às Polícias Militares dos estados, realizar uma rígida fiscalização nas reservas indígenas e nos arredores (naquelas em que a entrada é impossibilitada), por meio de uma intensa vigilância feita pelos servidores do órgão, impedindo a invasão de outras pessoas nesses lugares. Para tanto, isso precisa ser feito com o apoio do órgão parceiro, quando se trata de barrar a entrada do tráfico de drogas não só nas áreas reservadas, mas também nas fronteiras do país, com o objetivo de preservar a cultura e o território indígena. Assim, os índios terão seus direitos garantidos, assim como assegura a Carta Magna, e serão valorizados de acordo com a primeira geração romântica.