Durante o período colonial brasileiro, os colonizadores encaravam as populações nativas como inferiores. Essa situação culminou em diversas tentativas de civilizar os índios aos moldes europeus. Atualmente, essa questão ainda é cercada por dogmas e não é plenamente valorizada na sociedade. Sendo assim, considerando a falta de representatividade política e o preconceito, o cenário que envolve as comunidades indígenas deve ser alterado. Primeiramente, vale ressaltar que os índios não são representados politicamente como deveriam. Por constituírem uma parcela considerável da população, eles necessitam de uma maior atenção a suas questões, como a demarcação de terras, por exemplo. Esse descaso governamental tem como consequência a falta de preservação da história e da cultura indígena, se consolidando como uma ameaça à democracia. Acontecimentos como o das eleições de 2018, em que uma candidata índia foi eleita, são raros na sociedade. Outrossim, o preconceito com o indígena é um impasse para sua valorização. Os estereótipos em relação aos índios são históricos e permeiam até hoje, prova disso é o movimento literário indianista do século XIX. Além disso, xenofobia no Brasil é paradoxal e sem fundamentos, visto que ele é um país multicultural. Esse cenário de discriminação colabora fortemente com os casos de violência física e verbal sofrida por minorias. Portanto, essa situação urge de ser alterada. Para isso, é necessário que os órgãos políticos estabeleçam cotas de participação indígena na administração federal, com o objetivo de dar visibilidade à suas reivindicações. Ademais, é preciso que o Ministério da Educação e da Cultura possibilite palestras e projetos, em instituições públicas, que eduquem os brasileiros sobre o respeito à diversidade étnica a fim de conscientizar a população. Somente assim a sociedade irá encarar a valorização do indígena como a valorização do Brasil.