Enviada em: 16/10/2018

No livro "Iracema" de José de Alencar, observamos claramente a idealização da índia, protagonista do livro, na frase "Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna". Entretanto, essa exaltação da beleza do índio se restringe a literatura, visto que atualmente, são desvalorizados quanto aos seus direitos básicos e territoriais, e também pouco se fala sobre a sua situação no país, sendo necessária a criação de medidas que revertam esse quadro  Em primeiro plano, vale ressaltar que, os direitos básicos dos índios são asseguradas pela Constituição de 1988, contudo, a prática difere da lei. Pois, de acordo com estimativas aceitas pela FUNAI, 85% do território reservado está sob o risco de invasões, que por muitas vezes são para extrativismo vegetal e mineral. Fatores primordiais para o funcionamento da sua vivência interna. Tornando-os cada vez mais vulneráveis e pressionados a abandonar a sua cultura para se adequar aos moldes da sociedade urbana.   Além disso, outros fatores que impedem sua integração de forma harmoniosa e progressiva é o descaso com a saúde, pois de acordo com o Ministério da Saúde, pelo menos 600 crianças indígenas faleceram porque não teve assistência médica. Situação intensificada quando não abordada pelas instituições de ensino do Estado, logo que, segundo Paulo Freire "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." .   Portanto, é fundamental a criação de medidas que revertam esse cenário. Para isso, é dever da FUNAI em parceria com a polícia Federal fiscalizar e preservar as terras indígenas, através do apreendimento de recursos retirados de forma ilegal e indenização, dinheiro convertido em investimento na assistência médica, para viabilizar a segurança dos mesmo. Outrossim, é preciso incluir nas grades curriculares a importância sociocultural do índio, através de livros e atividades extracurriculares, para assim, enaltecer uma cultura quase perdida entre os brasileiros.