Enviada em: 16/10/2018

Durante o século XVIII, os escritores da primeira geração romântica utilizavam a literatura para enaltecer a figura do índio. No entanto, em contraste com a ficção, o povo indígena só passou a ser realmente valorizado a partir da Constituição Cidadã de 1988, que assegurou seus direitos. Em suma, tal ato é reflexo da necessidade de valorizar a população indígena através de políticas públicas por questões históricas e sociais.    Primeiramente, é constatado que, ao longo do processo de colonização o povo indígena sofreu inúmeras violações que comprometeram tanto sua integridade física, quanto cultural. Assim sendo, políticas públicas como a demarcação de terras e cotas sociais ajudam a reparar historicamente danos causados a esta população, que ainda hoje apresentam sua subsistência ameaçada por interesses de latifundiários e grandes corporações.    Além disso, tais políticas buscam promover diversidade e respeito, responsáveis por introduzirem na grade curricular escolar a relevância de estudar a questão indígena. Essa prática consoa com as ideias de Paulo Freire, o educador brasileiro que via a educação como meio de formar pessoas críticas e transformadoras da realidade.     Infere-se, portanto que, a importância de valorizar a população indígena é resultado do processo histórico de colonização e da marginalização desses indivíduos a partir disso. Sendo assim, cabe ao Estado continuar promovendo tais programas e ampliá-los, instaurando também cotas para indígenas no Congresso para que estes tenham seus direitos mais representados. Somado a isso, o Ministério da Educação deve promover palestras em plataformas virtuais sobre a população indígena para os alunos desenvolverem seu senso crítico e futuramente romperem com esse ciclo de opressão, a fim de que um dia não seja mais necessário valorizar esta população por estarem finalmente em condição de igualdade.