Enviada em: 19/10/2018

Na primeira geração do romantismo,no século XIX,a literatura retratava o protagonismo indígena como exaltação nacional. Entretanto,tal prestígio cultural se perdeu ao longo dos anos visto que na contemporaneidade, grande parcela da população indígena vive deslocada e esquecida como cidadãos brasileiros.Sob esse viés,é valido refletir como fatores econômicos e histórico-sociais podem comprometer a integridade física e cultural desses povos.        Sob os ditames do artigo 231 presente na constituição de 1988,é assegurado a todos os indígenas o direito à demarcação de suas terras.Entretanto,tal direito é desrespeitado em virtude de fatores econômicos como o agronegócio, ramo lucrativo que ocupa extensivas áreas de terra,tornando-se responsável por diversos conflitos e protestos indianistas no Brasil.Tal fato pode ser justificado pela manifestação ocorrida na cidade de Brasília, em 2017,por diversas tribos indígenas que reivindicaram a proteção de seus territórios,de acordo com o site G1.    Somado a isso,a ideologia de ódio e apropriação trazidas pelos colonizadores,impera constantemente na sociedade moderna,uma vez que o genocídio dos nativos em 1500 ainda acontece com a violência dos dias atuais.Esse cenário é explícito em virtude do relatório publicado pelo Conselho Indigenista,que retrata a morte de 54 índios em 2015 no Brasil, evidenciando a decadência e possível extinção cultural brasileira.         Diante do exposto,é imprescindível que a Funai, em parceria com organizações não governamentais façam abaixo-assinados reivindicando melhorias na educação,cotas e inclusões indígenas no ensino superior além de apoio financeiro para manutenção da vida nativa no país.Além disso, o Governo Federal deve demarcar as terras nativas, como previsto na constituição, além de democratizar o acesso à educação,saúde e trabalho como forma de ascensão e exaltação cultural desses povos, para que dessa forma, tenham sua existência reconhecida e valorizadas como na literatura romântica.