Enviada em: 30/10/2018

No Brasil, a questão de respeito à população indígena constitui tema de notória complexidade e enorme relevância social. Nesse viés, mais do que apontar culpados, destaca-se a urgência de implementar ações que resolvam tal problemática. Afinal, a falta de demarcação de terras e a carência de uma política eficiente de preservação da identidade cultural indígena são pilares do impasse.    A priori, é indiscutível que a questão indígena inspira atenção às suas causas e dos seus responsáveis. Nesse bojo, não se pode negar o valor de fatores graves e emblemáticos como a falta de demarcação térrea. Nesse sentido, para o pensador Jarbas Santos, delimitação térrea para índios é o pontapé inicial para que esse povo se desenvolva juntamente com os demais cidadãos brasileiros.     Por outro turno, diante da garantia da conservação cultural desse povo, deve-se ressaltar a falta de ações efetivas, capazes de proporcionar respeito ao índio. Nessa ótica, urge a necessidade de inserir novas táticas destinadas às prioridades tupiniquins. Nesse ínterim, para Agustina Bessa-Luís, a preservação cultural é o que identifica um povo com sua finalidade, dando, assim, respeito a este.       De fato, o respeito ao índio exige iniciativas coletivas e obstinadas em implementar esse objetivo. Portanto, o Ministério da Cultura deve, por meio da Fundação Nacional do Índio, incentivar a militância dos próprios indígenas para que estes demonstrem, por meio de manifestações democráticas, a insatisfação do modo como estão sendo tratados. Ademais, a FUNAI deve, por meio do Congresso Nacional, propor uma Proposta de Emenda Constitucional que dê o direito dos índios terem suas terras demarcadas, com o objetivo de dar à essa étnia o máximo de soberania necessária. Dessa forma,  o povo indígena demonstrará seu valor e será respeitado.