Enviada em: 01/11/2018

Preconceito. Racismo. Perseguições. Mortes. Essas, são rápidos panoramas que sofrem a população indígena quando a sociedade ignora a necessidade de valorização do povo que, desde o período colonial, foi renegado como igual. Dessa forma, deve haver a construção da importância dos povos e suas culturas. Diante disso, cabe avaliar o que impede esse fato. A priori, a marginalização indígena é decorrência de uma formação histórica. Isso, é perceptível quando, há quase 500 anos, os portugueses buscaram a catequização dos nativos como forma de "domesticá-los" e forçá-los ao trabalho. Dessa relação abusiva, logo nasceu a pejorativa de índio como vagabundo e preguiçoso, servindo como uma justificativa para o menosprezo social que eles sofrem até hoje, como relatou Darcy Ribeiro em seu livro O Processo Civilizatório. Disso, tanto o povo como a cultura sofreram com um absurdo processo de aniquilação e aculturação. Ressalta-se ainda, o papel do capitalismo para estagnação do reconhecimento e direitos indígenas. Apesar da constituição de 1988 ser um marco na integração dos ameríndios como patrimônio brasileiro, a indústria do desmatamento, pecuária e dos grandes produtores, alimentados pelo desejo de destruição em massa e riqueza em excesso, fomentam conflitos e desmatamentos diante dos direitos e reservas desses povos. Como decorrência, é raro comunidades que não adentraram em um mundo diferente do seu para ter voz e assegurar sua vida.  Em suma, isso deve ser resolvido. Para isso, é preciso que o Ministério da Educação e da Cultura realizem um forte trabalho para mudar os preconceitos históricos reproduzidos e iniciar a valorização, por meio de palestra com representantes das comunidades indígenas, assim como peças e matérias curriculares que destaquem a história desses; ademais, o Estado, aliado a ONG´s, deve aumentar a fiscalização e proteção desses povos, através de visitas periódicas, a criação de uma guarda especifica para o cuidado e o fortalecimento de pena e prisão aos que desrespeitam.