Em 1500, os portugueses colonizaram um território, no qual acreditavam ser as Índias. A partir disso, os primitivos na terra presentes foram denominados indígenas que, aproximadamente, somavam 3,5 milhões de indivíduos. Entretanto, tal população sofreu processos de aculturação e dominação, na qual a importância de valorização esse povo se tornou um entrave na população, desde suas raízes históricas. Diante de tal perspectiva, a inobservância de leis e o preconceito são questões que fomentam o isolamento dos índios nas questões sociais, econômicas e políticas. Em uma primeira abordagem, é válido ressaltar que as leis possuem como objetivo controlar os comportamentos e ações dos seres humanos de acordo com os princípios de uma sociedade. Nessa situação, o Estatuto do Índio, criado em 1973, apresenta como papel a preservação da cultura e integração no meio social. No entanto, visto que, existem mais de 220 tribos no Brasil, poucas delas são conhecidas, assim como, a sua cultura é desconsiderada, já que tais clãs são reconhecidas pelo agrupamento de várias delas, na qual cada uma, apresenta um fator diferenciado. Dessa maneira, é notável que as questões jurídicas são ínfimas em relação a valorização dos povos menos favorecidos e isolados geograficamente e socialmente. Outro aspecto de suma relevância é que o juízo pré-concebido que se manifesta numa atitude discriminatória impulsiona na desvalorização de um ser, grupo, crença ou cultura. Mediante a isso, os índios são inferiorizados diante a mídia, como por exemplo, a cantora brasileira Xuxa criou uma música insinuando as crianças a brincarem de índio, ademais, constrói uma figura de um homem com características próprias, como, cocar, tinta no rosto, penas nas roupas, entre outros. De modo análogo á canções infantis, Hannah Arendt, filosofa política alemã, já enunciava que quando uma atitude agressiva ocorre constantemente, as pessoas param de vê-la como errada. Diante disso, é evidente que o preconceito está instalado e começa a crescer desde a socialização primária, instalada nas instituições escolares e familiares. Portanto, a desvalorização ao povo indígena é um complexo desafio hodierno e precisa ser combatido. Dessarte, as instituições escolares, responsáveis pelo pensamento crítico na população, devem promover o aprofundamento da história e legados culturais deixados pelas diferentes tribos indígenas, por meio de aulas interativas dadas pelos estudantes, na qual, tais devem apresentar dados, relatos e fatos que se afastam do senso comum, além disso, no fim da apresentação deve haver uma discussão sobre o assunto. Dessa forma, os alunos poderão criar diferentes perspectivas para a formação de ideias e a construção do ser humano futuro com conceito de integração social.