Enviada em: 29/04/2017

Maurício de Souza traz em seu gibi " A Turma da Mônica" o ilustre personagem Papa-Capim, com uma conotação diferente da habitual: o índio nas grandes cidades. Mas o que levaria a figura indianista , heroica, do romantismo a sair do seu lugar comum ?              O pensamento português, difundido através das missões civilizatórias persiste até os dias de hoje, colocando o índio como ingênuo, atuando com forças coesivas para tentar suprimi los dentro da sociedade. O caso do parque do Xingu e a construção da usina de Belo Monte mostra o descaso do governo brasileiro com o índio, pois na ocasião milhares de índio ficaram desabrigados, ocasionando um êxodo forçado.                A visão romântica do índio, como o heroi das florestas, desbravador dos perigos se perdeu dando lugar ao índio "moderno", que deixou sua cultura e ritos para se concentrar nos grandes centros urbanos , segundo dados da FUNAI cerca de trezentos e quinze mil índios vivem fora das terras indígenas. A perda de tal cultura acomete a desestruturação das bases culturais brasileiras, que tem o índio como figura principal.              Devemos voltar a valorizar o índio inserindo sua historia nas escolas, conscientizando sua importância para a cultura brasileira. O judiciario deve alertar-se para a criação de leis que demarquem as terras indigenas e reestruturem a cultura local, através de leis especificas e eficaz.