Enviada em: 28/07/2017

De acordo com o artigo 01º da Declaração Universal dos Direitos dos Homens, da qual o Brasil é signatário desde 1988, diz que todos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. No entanto, passados quase 30 anos desse importante compromisso, a sociedade ainda vivencia a preocupante disseminação de preconceitos contra a população indígena. Nesse sentido, faz-se necessário buscar caminhos no intuito de não somente promover o respeito pelos povos indígenas, mas também aperfeiçoar os mecanismos que propiciam para o aprofundamento do conhecimento sobre os nativos.              Um dos maiores patrimônios imateriais do Brasil é, sem dúvida a sua multiculturalidade, por conseguinte é essencial valorizar e, sobretudo, respeitar todos os seres humanos. Entretanto, a atual realidade contradiz essa lógica, pois, frequentemente, os meios de comunicação noticiam episódios  de racismo, não poucas vezes, seguidos de preconceito. Um exemplo disso, ocorreu com a tribo Kayapó em 2015, em que integrantes da comunidade indígena viajaram para participarem do 15º Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, porém foram vítimas de discriminação dentro do veículo e, em apreço a sua dignidade e cultura, tiveram que abandonar o automóvel no meio da rodovia. Esse é um caso, entre tantos, que escancara a triste realidade da ausência de respeito a diversidade étnica na sociedade brasileira.            Em paralelo à questão de valorização da população indígena, é válido ressaltar que os mesmos são reconhecidos como pessoas de direitos e protegidos pela ordem jurídica nacional, pois são integrantes do patrimônio cultural da humanidade. Apesar disso, a discriminação contra os índios persiste muito por conta da pouca abordagem de sua cultura e importância na atualidade, já que os livros didáticos promovem apenas o seu reconhecimento durante a Colonização. Nesse sentido, cabe ao Ministério da Educação em parceria com o Estado e o Município agirem através de projetos para tornar a cultura dos nativos uma matéria curricular.           O respeito e a valorização dos descendentes dos primeiros habitantes do Brasil são, portanto os caminhos que precisam ser trilhados pela sociedade objetivando combater o preconceito de culturas. Para tanto, além das propostas anteriormente citadas é necessário que a mídia promova campanhas que valorizem as denúncias contra a discriminação colaborando para punir os atuantes. Ademais, é indispensável que o Ministério da Justiça torne mais rígida as punições aos que agem contrário ao artigo 01º dos Direitos Humanos. Por fim, todo cidadão tem o dever de agir com deferência com os outros indivíduos independente de sua etnia.