Um dos maiores desafios atualmente para o Brasil é a valorização da cultura indigenista e seus direitos. Os povos indígenas, que começaram a ser despidos de voz e terra na colonização do Brasil, continuam, dia após dia, sendo dizimados. Dessa forma, essa questão exige uma discussão mais ampla, para garantir a continuidade da cultura desses povos e o fim do desrespeito à sua cultura, às suas terras e aos seus direitos fundamentais. O processo de colonização do Brasil foi a porta principal para a adesão ao estigma social que os índios enfrentam. Eles são vítimas de preconceitos diariamente devido às suas culturas. A ascensão social e a inserção no mercado de trabalho são mínimas entre os índios, o que eleva o preconceito de indivíduos de outros grupos étnicos. Além disso, eles sofrem pela precariedade dos meios de transporte e de comunicação e de direitos básicos como saúde, educação e saneamento em suas aldeias. Ademais, os índios ainda têm que lutar por suas terras. A preservação e a demarcação de terras indígenas, garantidas pela Constituição Federal não são completamente efetivadas. Isso acontece porque a bancada ruralista do nosso país vem tomando essas terras para alocar sua atividade comercial – a agricultura e a pecuária. Dessa forma, tais conflitos já vitimaram centenas de índios e muitos dos que sobrevivem veem-se obrigados a deixar suas aldeias para viver nas cidades e, sem condições financeiras, sofrem com a baixa qualidade de vida. A partir do exposto, fica evidente que medidas são necessárias para a valorização da cultura indígena. Cabe às escolas e ONG’s a educação da sociedade quanto à importância do respeito à cultura indígena, por meio de palestras, visando o fim do preconceito. Cabe, ainda, ao governo impedir a agricultura e a pecuária de avançar para essas terras e garantir melhorias no sistema de saúde, educação, transporte e comunicação, assegurando a vida e o sustento desses povos. Destarte, tomadas em conjunto essas medidas contribuirão para promover a paz cultural no Brasil.