Enviada em: 11/10/2017

Desde o surgimento do capitalismo moderno, esse sendo um conceito analítico em Weber e não um fenômeno historicamente datado, que os índios vêm perdendo o espaço e a identidade cultural entre a sociedade. Porém, mesmo com o avanço quanto humanidade da civilização, a população brasileira hodierna, como em uma narrativa Kafkiana, assiste perplexa aos constantes casos de rejeição e falta de reconhecimento desses cidadãos . Isto ocorre em virtude de uma ineficiência educacional em consonância com a deficiência coercitiva do Estado.        Com efeito, a mediocridade no ensino das culturas indígenas faz com que haja a disseminação da desvalorização dessa população. É possível constatar este fato ao notar que, na Base Nacional Comum Curricular não estão inseridas disciplinas que versem sobre a importância dos nativos na construção da sociedade. Nesse sentido, de acordo com uma análise foucaultiana, o ensino se torna mecanicista ao invés de social.        Outrossim, mesmo a constituição cidadã de 1988 tendo gerado grandes avanços sociais, a mansuetude tanto nas leis quanto na aplicação dessas, faz com que o ambiente se torne propício à proliferação da discriminação e do preconceito. Para Karl Marx, as condições materiais de uma estrutura social condicionam as relações entre seus componentes. Desta forma, o arcabouço de dispositivos legais vigentes deve nortear os atores sociais para o convívio harmônico.        Associando, portanto, a ineficiência educacional e a deficiência coercitiva do Estado, tem-se o problema da desvalorização do índio na sociedade brasileira. Para que este problema seja resolvido, torna-se imperativo que o Governo, através de seu poder bicameral legislativo, institua lei que favoreçam a disseminação das culturas indígenas, Bem como crie um canal de denúncia específico para combater os casos de preconceito e violência desmedida. Ademais, urge que ONGs, em sua função social, promovam campanhas educativas em instituições públicas e privadas, acerca do papel do índio no desenvolvimento da atual sociedade. Desta forma, criar-se-á um Brasil que valoriza as raízes históricas e que trate o índio como integrante da sociedade.