Enviada em: 11/07/2019

A crença de que os materiais da natureza eram infinitos morre com o surgimento do mercantilismo e consequente acúmulo primitvo de metais. No século XX, contudo, surge o conceito de desenvolvimento sustentável, isto é, conciliar o progresso econômico advindo da exploração de recursos com a preservação da natureza. Assim, depreende-se sua importância para atual sociedade. Entretanto, imbróglios como a desvalorizada educação ambiental e negligência do Poder Público impedem o desenvolvimento sustentável.       Mormente, cabe citar a não valorizada educação ambiental. Segundo o filósofo Max Horkheimer, a sociedade ocidental é permeada pela razão instrumental, ou seja, valoriza-se o cientificismo. À luz desse pensamento, é possível inferir que apesar da educação ambiental ser prevista por lei, sua docência é desvalorizada. Isso porque, a abordagem em sala de aula é pautada por valores voltados para o social que, por sua vez, não são valorizados pela conjuntura apresentada. Destarte, devido à evidente desvalorização da temática, os cidadãos tornam-se omissos e passivos em abordagens ambientais, como o desenvolvimento sustentável.        Outrossim, a negligência do Poder Público potencializa o impasse. Para o filósofo Edmund Burke, a sociedade tem fortes raízes com o passado. Depreeende-se, logo, que graças ao fato da república brasileira ter sido construída à mercê de interesses de grandes latifundiários, hodiernamente, a estrutura reverbera. Assim, medidas governamentais atuais, como a extinção do Ministério do Meio Ambiente, favorecem a consolidada Bancada Ruralista que, por sua vez, dificultam o pleno exercício do desenvolvimento sustentável, visto que utilizam-se de técnicas degradantes, como intenso uso de pesticidas, inseticidas e agrotóxicos.        Fica claro, portanto, a importância do desenvolvimento sustentável e necessidade de combater os óbices para sua implementação. Cabe ao Ministério da Educação, por meio de propostas apresentadas na Câmara, reformar o Currículo Nacional do ensino fundamental, com o viés de adicionar o ensino ambiental como matéria independente e obrigatória. Dessa forma, espera-se uma valorização do desenvolvimento sustentável pelos cidadãos. Ademais, com o objetivo de garantir uma postura ativa do Poder Público, o Legislativo deve, por meio de propostas de deputados federais, adicionar emendas na legislação ambiental, que a torne mais rígida, como aumento de subsídios para produtores que utilizam um exorbitante volume de substâncias químicas nocivas à saúde e à sustentabilidade. Assim, a problemática iniciada com o mercantilismo será extinta.