Enviada em: 06/06/2019

Segundo a Carta Manga, todos têm direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, sendo dever do Estado e da sociedade preservá-lo para as gerações futuras. Tal abordagem constitucional assemelha-se ao conceito desenvolvido pelo filósofo alemão Hans Jonas chamado "Ética das Responsabilidades" segundo a qual o homem define-se pela responsabilidade que assume em prol das gerações futuras. Entretanto, a frequência em que desastres ambientais têm ocorrido no Brasil e no mundo, destacam a urgência de ampliar os debates acerca da exploração recursos naturais.      Inicialmente, é necessário reconhecer alguns dos tímidos avanços no campo sustentável. Nesse cenário, a “Economia Verde” desponta como um dos principais meios de desenvolvimento seja por meio da promoção do ecoturismo ou no investimento de recursos energéticos ecologicamente corretos, áreas as quais o Brasil tem despontado como referência internacional. Todavia, apesar de tais medidas positivas, a pouca visibilidade dada à sustentabilidade relega ao segundo plano um assunto que é de interesse de todos.      Destarte, é preciso analisar a realidade capitalista em que vivemos. Após a chamada “Revolução Verde”, que transformou as práticas agrícolas e aumentou drasticamente a produção de alimentos no mundo, o Brasil consolidou-se como o principal exportador de "commodities" – produtos de matéria-prima como o minério e soja – internacionalmente. Além disso, a ascensão da “Bancada Ruralista” na política brasileira retardou os avanços nas legislações ambientais. Assim, as fracas políticas de preservação culminaram nos recentes desastres ambientais ocorridos em Minas Gerais que, por sua vez, alertam para a necessidade de um desenvolvimento inteligente e sustentável capaz de assegurar que o crescimento econômico das nações ocorra sem que seja preciso destruir o espaço do homem.     Por fim, é necessário compreender que os recursos naturais são finitos e que o crescimento econômico deve considerar a preservação do meio ambiente a fim de evitar novas tragédias ambientais. Para tanto, para tanto, é necessário que a mídia e os meios de comunicação em massa contribuam para o amadurecimento crítico da população sobre a urgência que o assunto requer através do acesso à informação. Além disso, a sociedade deve se organizar politicamente e cobrar do Executivo e seus representantes o respeito à Constituição e aos tratados internacionais sobre a biodiversidade.  Desse modo, conforme com Terceira Lei de Newton, vinda da Física: toda ação provoca uma reação de igual intensidade e sentido contrário. É necessária uma ação na direção da sustentabilidade, do uso das energias renováveis e da fortalecimento de políticas ambientais, para que a reação da natureza seja a perpetuação de um ambiente seguro e ideal para vida de todos.