Enviada em: 10/06/2019

Em 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU) implantou a Declaração Universal dos Direitos Humanos que objetiva, entre outras coisas, assegurar o direito à saúde, à vida e ao bem-estar social a todos. Entretanto, percebe-se que esses direitos são feridos, uma vez que o desenvolvimento econômico tem causado problemas para a sociedade em geral, sendo os países do hemisfério sul os mais afetados. Isso porque há um descaso com o meio ambiente por parte das indústrias e dos Estados, onde o lucro é mais importante que o desenvolvimento sustentável.       Nota-se, a princípio, que os recursos naturais são essenciais para a manutenção da vida na terra. Porém, na demanda de obter maiores lucros, as empresas desmatam, poluem e utilizam o espaço em larga escala sem se preocuparem com o meio ambiente, sendo a barragem em Brumadinho e seu rompimento um exemplo desse terrível descaso. Desse modo, é importante ressaltar o caráter histórico da problemática, que aponta a 2ª Revolução Industrial como a propulsora do consumo desenfreado e despreocupado que se faz presente nos países industrializados.       Concomitante a isso, no intuito de promover a economia e fazer crescer o território, o próprio D. Pedro II incentivou a instalação de indústrias no Brasil, assim como Juscelino Kubitschek na década de 50. Somado a isso, a agroindústria vem crescendo, desbravando terras, ampliando a fronteira agrícola e atingindo os estados do centro-oeste e norte. Embora ela movimente o mercado, as consequências dessa prática (poluição de rios, erosões, êxodo rural e concentração de renda) já são visíveis, sendo os mais pobres os principais afetados.       Infere-se, portanto, que - no intuito de promover o desenvolvimento sustentável - o Poder Executivo, em conjunto com os Ministérios da Fazenda e do Planejamento, deve auxiliar as empresas na adoção de medidas que visem a adequação dessas ao projeto de desenvolvimento econômico com preservação do meio ambiente e investir em pesquisas direcionadas à problemática, com objetivo de reduzir os impactos causados pela indústria, melhorar a qualidade de vida da população e garantir seus direitos implantados em 1948. É preciso pensar globalmente e agir localmente, como exposto pelo greenpeace.