Enviada em: 22/07/2019

Promulgada pela Organização das Nações Unidas em 2015, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável visam suprir as necessidades da geração atual, todavia sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das gerações futuras. Conquanto, existem obstáculos os quais podem impedir o alcance de tais metas. Nessa perspectiva, torna-se premente analisar os principais impasses para a realização desses propósitos: o atual modelo econômico, o qual visa apenas o lucro, e os excessos da sociedade contemporânea.    Em primeira análise, é lícito postular que o capitalismo tende a excluir duas variáveis: as pessoas e a natureza. Nesse sentido, o desejo pelo lucro provoca a inconsciência das empresas quanto aos impactos de suas ações na sociedade e no meio ambiente. Como prova disso, podemos observar que 50% do Cerrado brasileiro fora desmatado pelo avanço na agropecuária, segundo dados do jornal O Globo. Advindo dessas ações o país sofreu inúmeros avanços pela extração de recursos os quais foram considerados infinitos por muitos anos. Dessa forma, é possível observar a importância do crescimento econômico, assim como a eliminação da ideia erronia sobre a disponibilidade desses produtos.    Faz-se mister, ainda, salientar que a atual população consome além do necessário, sem se preocupar com os resultados. De acordo com o relatório do Estado do Mundo, o consumo cresceu seis vezes em 50 anos. Em contrapartida, a população expandiu 2,2 vezes, demonstrando que a demanda por pessoa triplicou, de acordo com o presidente do Instituto Akatu, Hélio Mattar. Evidenciando o supremacitado, o filosofo Zygmunt Bauman fala o quanto as sociedades estão individualista e não se preocupam com os impactos de suas ações no meio ambiente e nas próximas gerações. Desse modo, torna-se indispensável à adoção de medidas capazes de fragmentar tal comportamento social.    Infere-se, portanto, a necessidade de medidas aptas a gerar condições dignas a todos. Logo, urge que o Governo em parcerias público-privadas com empresas, por meio de incentivos fiscais a tais instituições, desenvolva programas de incentivo da reciclagem nas novas produções, dessa forma será possível garantir o avanço econômico de maneira consciente. Ademais, o Ministério da Educação, em conjunto com escolas, deve incluir a disciplina de ética e cidadania no currículo escolar dos ensinos infantil, fundamental e médio, com o intuito de desconstruir o individualismo e a falsa ideia da infinitude dos recursos naturais. Dessa forma, será possível caminhar para uma sociedade a qual garanta uma vida plena aos atuais habitantes assim como a seus descendentes.