Enviada em: 07/08/2019

O Relatório Brundtland, no documento intitulado ''Nosso Futuro Comum'', definiu desenvolvimento sustentável como aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer as demandas das gerações futuras. No entanto, observa-se que o agronegócio e grandes empresas mineradoras estabelecem relações predatórias com a natureza, indo de encontro ao princípio defendido na declaração. Desse modo, urgem medidas governamentais destinadas a solução dessa problemática.               Em primeiro plano, é importante salientar que a atuação da Frente Parlamentar Agrícola - conhecida popularmente como bancada ruralista - impede que projetos de lei efetivos na defesa do meio ambiente sejam aprovados. De acordo com o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser articulada a fim de alcançar o equilíbrio social. Nesse sentido, ao visar somente seus interesses, desprezando os impactos sociais de suas ações, essa organização vai de encontro ao conceito aristotélico de política.                Outrossim, o uso de técnicas agrícolas equivocadas, como as queimadas, atuam diretamente contra a promoção do desenvolvimento sustentável. Sob esta óptica, verifica-se a desertificação de diversos ecossistemas - processo biológico que causa a infertilidade do solo -, uma vez que essa prática destrói a cobertura vegetal e retira seus nutrientes.                      Infere-se, portanto, que a promoção do desenvolvimento sustentável no Brasil enfrenta diversos empecilhos que precisam ser superados. Primordialmente, a fim de mitigar os efeitos da bancada ruralista, deputados ambientalistas devem unir-se, mediante a criação de uma bancada própria, que promoverá projetos favoráveis ao meio ambiente. Ademais, o IBAMA deve punir os responsáveis pelas queimadas ilegais, por meio de uma parceria com os órgãos policiais. Assim, vislumbrar-se-à um país que promova o desenvolvimento econômico sem prejudicar a natureza - como desejado pelo relatório Brundtland.