Enviada em: 19/08/2019

O sociólogo Durkheim postulou o termo "anomia social" para se referir ao estado de caos na sociedade, o qual se aplica à questão do desenvolvimento sustentável no Brasil. Nesse contexto, é notório o desrespeito com o meio ambiente, que traz consequências colossais, tanto na vida humana quanto na animal e florestal. Por exemplo, o agravamento climático no país, que decorre do avanço da agropecuária. Ademais, o uso irracional da fauna e flora, que além de ceifar a natureza acarreta danos para a economia do país. Por isso, é de suma importância medidas para reverter essa situação.     Nesse viés, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), exibe o aumento de 300% no desmatamento da área amazônica comparado ao mês de julho de 2018. Tal estatística mostra o quão danoso tornou-se a expansão dos latifúndios, que derrubam árvores -muitas vezes de forma ilegal- para criação de gado e cultura de soja. Nota-se que a falta de fiscalização e punição para tais atos corrobora com o aumento do uso irracional dos recursos naturais e com isso, há o recrudescimento da seca no nordeste, por exemplo. Fato que aumenta a disparidade social no país, uma vez que a Amazônia -um dos biomas mais deteriorados do país- tem grande relevância para as chuvas no Nordeste. Desse modo, é preciso politicas públicas para alterar essa mazela socioambiental.   Nesse contexto, cabe salientar a respeito do ecoturismo, ramo econômico gera PIB de 8%, segundo o IBGE. Entretanto, o mau proveito da natureza com a caça de animais silvestres -principalmente onças no bioma pantaneiro- causa o desequilíbrio ecológico, já que esse animal esta no topo da cadeia. Porém, como em diversos casos, a falta de fiscalização e atitudes penais agrava essa situação. Porque  como descrito por Durkheim no "Fato Social", a sociedade é como um organismo vivo, se algo não vai bem isso afetará o todo. Assim, é essencial medidas que colaborem para o equilíbrio social, a exemplo, tem-se o projeto "Onçafari" no Mato Grosso, o qual mostrou que o lucro advindo desse ramo do turismo gera mais lucros que prejuízos. Dessa forma, a ONG comprovou para fazendeiros e população, que é possível aliar economia e meio ambiente.   Portanto, faz-se necessário que o Estado atue por meio do Ministério do Meio Ambiente (MMA) ao promover maior fiscalização dos locais devastados, ao aprimorar os sistemas de monitoramento. Além disso, é necessário fomento as ONGS, para que essas possam por meio de projetos ecológicos promover ações de cunho sustentável. Tendo o MEC papel fundamental nessa questão, pois aliado ao MMA pode promover palestras e pesquisas a fim de conscientizar a todos. Outrossim, é primordial, também, a atuação do Ministério da Justiça para agilizar as penalidades ambientais. Com isso, paulatinamente, conseguir-se-à aumentar o desenvolvimento sustentável no Brasil.