Enviada em: 15/09/2019

Politicamente (in)sustentável   O orçamento autorizado para o Ministério do Meio Ambiente em 2013 era de 5 bilhões, em contrapartida, em 2018 foi reduzido para 3,7 bilhões. Os recursos liberados são praticamente o mesmo comparados a uma década atrás. Assim, é perceptível que as ações políticas focam no desenvolvimento econômico e deixam o meio ambiente em segundo plano. Fica evidente que, ao perpassar distintos governos, a consciência ambiental é efêmera no Estado Brasileiro. A partir disso, convém analisar a forma com que as empresas agem e tomam decisões perante a natureza.   A priori, é notório que a exploração do espaço rural por meio do plantio e da criação de animais de corte em larga escala constituem grande parcela das atividades econômicas desenvolvidas pela agropecuária atualmente. A produção é destinada ao mercado interno e externo, consequentemente, a balança comercial é dependente dessa indústria. Logo, a mesma usufrui de fatores favoráveis para o próprio crescimento. Por exemplo, o desmatamento da floresta amazônica  para a pecuária destrói a biodiversidade de plantas e animais, causa desequilíbrio no ecossistema e também contribui com o aumento da poluição, oriunda das queimadas.   Cabe ressaltar que, o descaso com a natureza é latente e os prejuízos são irreparáveis, visto que, os recursos naturais são limitados. Entretanto, na contramão existem opções viáveis para empresas dos mais diversos ramos em prol à sustentabilidade. Um exemplo a ser seguido é a empresa brasileira de sucesso, Natura, que diminui o reflexo de suas ações no meio ambiente, ponderando-as. Ela possui compromissos que expressam valores e práticas sustentáveis, pois se atenta a origem da matéria-prima e ao descarte de seus produtos, uma vez que, é criadora do programa de coleta de resíduos Ecoela. Exibe portanto, que se pode associar o crescimento econômico à promoção do bem-estar social e ambiental.   Debruçar-se sobre questões ambientais é dever de todos. Assim, urge poder de atuação por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis para aplicação de multas às empresas que desmatam e descartam indevidamente, pois além de corromper a biodiversidade, afetam o solo e rios. Por conseguinte, o sistema educacional deve implementar aulas e palestras para enfatizar a sustentabilidade, ou seja, desde cedo formará a consciência ambiental e sociopolítica da população. Dessa forma, haverá a real importância do desenvolvimento sustentável que sustentará o país de pé no futuro.