Enviada em: 24/10/2018

"Lugar de mulher é na cozinha". Tal ditado popular, proveniente de fatores históricos, como guerras nas quais a figura feminina permanecia no lar, configura o preconceito, tão frequente na sociedade patriarcal. Nesse sentido, sobretudo para mulheres negras, a valorização profissional é uma batalha árdua, haja vista que as vinculam com situações domésticas.   Nesse prisma, verifica-se que a formação educacional engendra visibilidade dos grupos minorizados, como mulheres negras, no mercado de trabalho, haja vista que esses indivíduos serão qualificados para as vagas disponíveis. Elza Soares. Karol Konká. Taís Araújo. Essas artistas contemporâneas ultrapassaram barreiras, a exemplo da baixa renda, para alcançar o reconhecimento profissional, com o auxílio da educação o que corrobora a assertiva de Nelson Mandela- ex-presidente da África do Sul- que defende que a arma mais poderosa para mudar uma realidade é a educação. No entanto, são raros os casos de valorização do trabalho desse público.   Ao passo que o campo artístico oportuniza a expressão dos talentos de mulheres negras, nem todos os meios o fazem. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, uma mulher negra pode receber cerca de 60% a menos que um homem branco com as mesmas funções. Tendo em vista tal dado alarmante, constata-se que não há como negar a existência de desvalorização desses cidadãos. Portanto, urge a adoção de medidas governamentais em prol da disseminação do papel das mulheres negras no âmbito profissional.   Por conseguinte, cabe ao Ministério do Trabalho, em parceria com mídias de massa, promover a representatividade das mulheres negras. Isso deve ocorrer por meio de campanhas publicitárias que retratem os ambientes de empresas antes e depois da consolidação da diversidade com relatos de empregados e líderes. Dessa forma, será possível efetivar a pluralidade e enriquecer as experiências colaborativas, ou seja, casos como os de Elza Soares não serão mais exceção e o preconceito será mitigado.