Ao longo da formação do Estado brasileiro, o sistema democrático assumiu diferentes facetas. Na contemporaneidade, a consolidação desse sistema político é apregoada pela Constituição de 1988. Diante disso, o exercício do voto consciente surge como um meio para efetivar essa importante conquista. Embora instituída em 1889, a República brasileira nem sempre concedeu a todos os cidadãos o direito de escolher seus representantes. Nesse sentido, mesmo após manifestações e movimentos sociais em prol da democracia durante o século XX, apenas em 1988 a população pôde gozar de direitos políticos universais. Sendo assim, é inviável que a nação seja alheia ao voto consciente, bem como à realidade política do país, pois isso representaria a negação às conquistas político-sociais descritas. Na esteira desse raciocínio, é mister enfatizar a relevância da sociedade como agente primordial no processo político do país. Sob esse viés, a Operação Lava Jato expôs à população a conduta corrupta de diversos políticos brasileiros, os quais foram eleitos pelos próprios cidadãos. Dessa forma, faz-se necessário que o âmbito comunitário seja crítico e consciente quando ao voto, de modo a não eleger políticos corruptos à liderança do país. Tal criticidade, contudo, somente será obtida por meio de ações educativas, pois, conforme alega o pedagogo Paulo Freire, a educação é o principal agente de transformação social. Dessa forma, a fim de ratificar os avanços políticos do país, é dever do MEC, em parceria com ONG’s voltadas à educação, promover debates nas escolas entre alunos e professores de sociologia sobre a importância do voto para o quadro político nacional, no sentido de fomentar o desenvolvimento do senso crítico nos estudantes e, assim, corroborar seus papéis como cidadãos. Aos alunos, por sua vez, cabe divulgar o conteúdo dos debates nas redes sociais, criando fóruns de discussão que visem a abarcar toda a sociedade, no intuito de que o tecido social brasileiro seja integralmente engajado e crítico em relação à temática. Destarte, a nação seguirá o vetor do progresso assinalado em 1988.