Enviada em: 03/06/2018

A cada ano em que a população deve ir às urnas eleger seus representantes reascendem-se as discussões sobre a importância do voto consciente. Nesse sentido, encontram-se os que estão convictos da sua relevância e os que preferem simplesmente se abster do seu direito votando nulo.                   Na turma dos que decidem por anular seu voto estão os que o fazem movidos pelo desejo de protesto, pois não acreditam mais na política brasileira, visto o desrespeito que os eleitos tem com o povo ao se envolverem nos escândalos com corrupção passiva e ativa, recebimento de propinas para favorecer empresas privadas em licitações públicas, dentre outros atos que constituem as mais variadas formas de imoralidade na administração pública.                    Por outro lado, vemos os cidadãos que anulam seu voto, porque , sem o menor interesse na vida política, não procuram se informar sobre os candidatos, odeiam assistir as propagandas eleitorais ou os debates na televisão, e então, sem a menor capacidade para decidir, mas apenas para cumprir a obrigação do voto que lhes é imposta acabam por votar nulo.                 Diante disso, seja por motivos de protesto, seja por desinteresse político, a realidade que vem à tona é que o povo não acredita mais que o voto é coisa séria. O povo não acredita mais que os políticos fazem jus aos cargos que lhes são imputados pela vontade do povo.                  É preciso recuperar a ideologia de que o voto consciente é capaz de mudar a história do país. Isso se faz com punição aos políticos corruptos, pois recupera a visão de que os ladrões podem perder seus cargos e ir para a cadeia; devolução do dinheiro desviado aos cofres públicos, pois mostra ao povo que ele não está mais perdendo com os erros dos políticos; além de novas leis que restringem a elegibilidade dos candidatos como forma de impedir que os maus gestores nem tenham capacidade de receber votos. Dessa forma, o voto começará a deixar de ser obrigação para voltar a ser visto como poder de decisão.