Enviada em: 03/06/2018

Durante o mandato do presidente José Sarney, na década de 80, o voto universal e secreto foi estabelecido no Brasil. Contudo, apesar de ter alcançado tão importante direito, grande parte da população não o exerce de modo consciente. Tal problemática está ligada à alienação provocada pelos políticos e pela mídia, e à corrupção existente na política brasileira.       Embora seja um crime previsto na lei de nº 9.504/97 – artigo 41-A, a compra de votos ainda é uma realidade no país. No período das eleições, inúmeros cidadãos abrem mão da liberdade de votar de forma consciente em troca de dinheiro ou favores oferecidos por políticos. Além disso, programas e telejornais, possuindo ligação com determinados partidos, manipulam a população por meio de informações parciais e tendenciosas. Dessa forma, os indivíduos acabam por deixar de contribuir para que mudanças na situação hodierna do país ocorram.      Outrossim, pode-se constatar que os casos de corrupção existentes na política, como desvio de dinheiro público, caixa 2, e improbidade administrativa, têm provocado frustração e desapontamento nos cidadãos brasileiros. Assim, por não encontrarem candidatos sem qualquer envolvimento com ações ilícitas, e, de fato, dispostos a investirem no progresso do país, optam cada vez mais pelo voto nulo ou branco. Prova disso é que, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2012, 9, 8% dos votos foram nulos e brancos, enquanto que em 2016, o índice aumentou para 14, 3%.     Dado isso, o Governo, durante o período de eleições, deve intensificar a fiscalização das chamadas "bocas de urna", e punir de forma ainda mais severa os políticos acusados de compra de votos. Além disso, a mídia deve propagar notícias de forma imparcial, e romper as ligações com partidos políticos. Ademais, o Ministério da Educação (MEC), deve elaborar projetos em escolas a respeito da importância do voto consciente, para que esses cidadãos, no futuro, saibam escolher de forma racional seus governantes, e sejam os responsáveis por transformar o Brasil num país melhor, pois como afirmou Kant, o homem é o que a educação faz dele.