Enviada em: 09/06/2018

Nos estados democráticos a maior ferramenta que o cidadão detém é o direito ao voto, a própria Constituição Federal de 1988 reconhece o mesmo quando no seu primeiro parágrafo expõe: "Todo poder emana do povo...". Afinal, o sufrágio universal foi uma conquista para todas as esferas da população pois assegura a pluralidade política. Entretanto, candidatos maliciosos aproveitam-se do eleitor que desconhece o sistema eleitoral e manipulam campanhas por meio da compra de votos, por exemplo.  Pesquisas recentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelaram que menos da metade dos entrevistados reconhecia a captação de sufrágio como um ato ilegal. Além disso, alguns eleitores desconhecem o partido ou coligação do candidato que ganha seu voto, um erro grave, visto que a ocupação de algumas cadeiras políticas ocorre por meio da legenda. Sendo assim, o grande inimigo do voto consciente é a falta de informação.  Com o propósito de esclarecer dúvidas e aprimorar a participação do cidadão, surgem grupos como o Movimento Voto Consciente que salientam a necessidade da educação política. A busca por conhecimento é de extrema importância, já que proporciona eventuais escolhas melhores e conquistas políticas. Em 1988 a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) conseguiu com que adolescentes, a partir dos 16 anos, possuíssem o direito ao voto e atualmente promovem eventos como o "Se liga, 16" para estimular o interesse pela política o quanto antes.  Seria interessante que esses programas de educação política fossem estendidos aos colégios de ensino médio com debates, palestras e ensaios sobre a política brasileira, que acabariam por fomentar o interesse dos jovens. Dessa forma, a geração de futuros eleitores deteriam maior consciência sobre o poder do seu voto. Além do mais, a educação política poderia revelar novas lideranças e gerar uma renovação do sistema.